Tiroteio na maior base militar do mundo faz pelo menos 12 mortos e mais de 30 feridos

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US Army/Reuters

Segundo várias televisões americanas, o atacante chamava-se Hassan Malik, um major com cerca de 40 anos e médico da área de saúde mental naquela base. Mas ontem, até à hora de fecho desta edição, ninguém sabia dizer o que o levou a disparar.

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Segundo várias televisões americanas, o atacante chamava-se Hassan Malik, um major com cerca de 40 anos e médico da área de saúde mental naquela base. Mas ontem, até à hora de fecho desta edição, ninguém sabia dizer o que o levou a disparar.

A senadora do Texas Kay Bailey Hutchison afirmou à Fox News que recebeu informações de que o militar estava prestes a ser enviado para o Iraque.

O incidente ocorreu às 13h30 (19h30 em Lisboa), meia hora antes de uma cerimónia de graduação. A CNN avançou que os atacantes estavam munidos com metralhadoras M-16, outras informações adiantam que Malik usou revólveres. Isto, numa zona onde os militares estão pouco armados: a “Soldier Readiness Facility”, uma área onde se fazem os últimos exames médicos aos soldados que estão prestes a ser enviados para o exterior. Este é o principal ponto de partida para as missões no Iraque e Afeganistão, com mais de 50 mil soldados e vários milhares de civis (uma das vítimas era um contratado do Exército). Ao todo, a base alberga 65 mil pessoas.

O general Bob Cone, comandante de Fort Hood, confirmou aos jornalistas que os atacantes eram soldados, mas não conseguiu adiantar qualquer informação sobre quais poderiam ser as suas motivações. “O atirador foi morto. Era soldado. Desde então detivemos dois outros soldados suspeitos. Há testemunhas que indicam que houve mais do que um atirador”, declarou.

“Podiam ser soldados prontos a serem mobilizados” para missões militares, afirmou à CNN o general Russel Honoré, ex-comandante daquela base.

“Acho que ninguém consegue especular sobre os motivos com os poucos factos que temos”, afirmava o porta-voz do Pentágono Geoff Morrell.

Numa conferência de imprensa, o Presidente Barack Obama classificou o incidente como “uma terrível explosão de violência”. E adiantou: “É terrível quando perdemos soldados no estrangeiro, mas é aterrorizador quando isso acontece em casa”.

A Câmara dos Representantes cumpriu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. E uma das principais organizações muçulmanas dos EUA, a Cair, condenou o tiroteio.

Com 880 quilómetros quadrados, o complexo de Fort Hood é o principal empregador do Texas. Fica no coração do estado, 100 quilómetros a norte de Austin e 80 quilómetros a sul de Waco. A base é conhecida como “o sítio formidável”, uma vez que oferece melhor qualidade de vida de todo o Exército americano, com instalações para militares e as suas famílias, adianta o seu site oficial. Ainda assim, a maior parte dos suicídios entre os militares norte-americanos acontece nesta base, desde a invasão do Iraque, em 2003.

A Reuters adianta que este é o único local dos EUA capaz de albergar duas divisões do Exército: a 1ª Divisão da Cavalaria e a 4ª Divisão da Infantaria.