A chacina e as violações na República da Guiné foram organizadas

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Quatro investigadores da organização interrogaram mais de 150 vítimas e testemunhas Luc Gnago/Reuters

Quatro investigadores da organização interrogaram mais de 150 vítimas e testemunhas dos acontecimentos que naquela data se verificaram na República da Guiné, incluindo militares que participaram na repressão e na dissimulação dos corpos das vítimas, que teriam sido cerca de 150 a 200 mortos e pelo menos um milhar de feridos.

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Quatro investigadores da organização interrogaram mais de 150 vítimas e testemunhas dos acontecimentos que naquela data se verificaram na República da Guiné, incluindo militares que participaram na repressão e na dissimulação dos corpos das vítimas, que teriam sido cerca de 150 a 200 mortos e pelo menos um milhar de feridos.

Segundo esses testemunhos, não existe qualquer dúvida de que a chacina e as violações perpetradas pelas forças de segurança da junta militar no poder foram devidamente organizadas.

As tropas cercaram e bloquearam o estádio, depois entraram lá e começaram a disparar a sangue frio sobre os manifestantes, partidários da oposição. Depois, continuaram a matar com baionetas e facas, relatou a HRW.

Numerosas mulheres contaram terem sido conduzidas pela guarda presidencial a residências privadas, onde durante dias e noites foram violadas.