A exibição do Sporting voltou a desiludir, mas o resultado não

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João Moutinho marcou o segundo golo da noite Enric Vives-Rubio

Assobios ao intervalo e aplausos no final, mas bastante apoio ao longo de todo o encontro. Os adeptos sportinguistas deram uma pequena trégua aos jogadores e ao treinador Paulo Bento. Não receberam em troca um espectáculo convincente, mas valeram os golos que garantiram a continuidade na prova que rendeu mais momentos de felicidade ao clube nos últimos anos.

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Assobios ao intervalo e aplausos no final, mas bastante apoio ao longo de todo o encontro. Os adeptos sportinguistas deram uma pequena trégua aos jogadores e ao treinador Paulo Bento. Não receberam em troca um espectáculo convincente, mas valeram os golos que garantiram a continuidade na prova que rendeu mais momentos de felicidade ao clube nos últimos anos.

Para abrir o ferrolho defensivo do Penafiel, Liedson contou com uma “assistência” fundamental do central Vagner, inaugurando o marcador, aos 51’. Um golo que surgiu numa altura em que os visitantes pareciam acreditar que era possível sair de Lisboa com algo mais que uma derrota. Aos 74’, o “Levezinho” viu um passe seu travado pelo braço de Costa, num penálti prontamente assinado por Paulo Baptista. Moutinho cobrou e a eliminatória ficou resolvida. Em cima dos 90’, Vukcevic deu-lhe uma exagerada expressão numérica.

Sem grande espaço de manobra, e consciente da importância deste encontro para uma reconciliação com os adeptos, Paulo Bento procurou inventar o menos possível. Três mexidas na equipa, duas delas previsíveis, foram as únicas alterações: Miguel Veloso regressou ao meio-campo e Tiago, como é habitual nos jogos da Taça, ocupou a baliza. Mais inesperada acabou por ser a aposta em Saleiro para acompanhar Liedson no ataque. Angulo voltou a ser titular e continuou a testar a paciência do adepto mais sereno.

Se a equipa pouco mudou ao nível dos protagonistas, foi também perfeitamente igual a si própria ao nível exibicional. A primeira parte foi uma espécie de Pesadelo em Alvalade, Parte III, dando sequência aos medíocres desempenhos leoninos frente ao Hertha de Berlim, para a Liga Europa, e Belenenses, para o campeonato.

Em todo o primeiro tempo, o Sporting produziu duas oportunidades de golo, mostrando a habitual inaptidão em contornar defesas muito povoadas. De livre lateral, Miguel Veloso fez a bola embater no ferro, aos 19’; em cima do intervalo, Saleiro rematou cruzado muito perto do poste esquerdo, num lance onde a defesa penafidelense foi enganada pela bandeirola do árbitro auxiliar a assinalar um fora-de-jogo, que o juiz principal (bem) não teve em consideração. E foi tudo até ao descanso!

Com preocupações essencialmente defensivas, o Penafiel pouco investiu
ofensivamente, optando por uma defesa aguerrida. Um trabalho ainda mais facilitado pela falta de velocidade do jogo sportinguista, acabando por valer aos “leões” dois erros clamorosos do adversário.

A pausa para os jogos da selecção ainda não foi suficiente para Paulo Bento resolver os muitos problemas da equipa que, mesmo assim, venceu justamente. Mas, como tem lembrado o técnico nos últimos dias, actualmente não chega apenas vencer… A Liga Europa é a competição que se segue, na próxima quinta-feira, no terreno do Ventspils.

Ficha de jogo

Sporting 3



Penafiel 0


Jogo no estádio José Alvalade, em Lisboa.
Assistência 14.146 espectadores.

Sporting

Tiago 6, Abel 5, Tonel 6, Daniel Carriço 6, Grimi 5 (Adrien 6, 45’), Miguel Veloso 6, Angulo 4 (Pereirinha 5, 73’), Vukcevic 5, João Moutinho 5, Liedson 7 (Pedro Silva -, 84’) e Saleiro 5. 
Treinador Paulo Bento.

Penafiel

Willian 5, Alex Garcia 5, Costa 5, Vagner 4, Zé Nando 6, Hugo Soares 6, Guedes 5, Vítor 5 (Hernâni 5, 59’), Rafa 4, Kanu 4 e Michel 5 (Larry 5, 71’). Treinador Lázaro Oliveira.

Árbitro Paulo Baptista 6, Portalegre. 
Amarelos Carriço (69’), Hugo Soares (70’), Costa (74’), Zé Nando (78’).

Golos

1-0, Liedson, 51'. 2-0, João Moutinho, 74' (gp). 3-0, Vukcevic, 90+3'.

Notícia actualizada às 22h10