Maldito United

Cinema e futebol não têm em comum uma longa história de pacíficas e construtivas relações de significado. Claro que poderíamos citar ao acaso um ou outro documentário (como o recente sobre Zidane), o uso metafórico do desporto no ainda hoje interessante "A Angústia do Guarda-Redes Diante do Penalti", de Wim Wenders, mas a regra oscila entre o biografismo descabelado de pastelões como "Eusébio, o Pantera Negra" e a reportagem televisiva de conflitos de bastidores.

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Cinema e futebol não têm em comum uma longa história de pacíficas e construtivas relações de significado. Claro que poderíamos citar ao acaso um ou outro documentário (como o recente sobre Zidane), o uso metafórico do desporto no ainda hoje interessante "A Angústia do Guarda-Redes Diante do Penalti", de Wim Wenders, mas a regra oscila entre o biografismo descabelado de pastelões como "Eusébio, o Pantera Negra" e a reportagem televisiva de conflitos de bastidores.

"Maldito United" (sobre o Leeds e não o Manchester, como se poderia prever) passa por esta última vertente, com laivos do "realismo britânico", mas consegue alguma tenção ficcional. Nada de muito relevante, mas também nada que indigne por aí além (limpinho, bem filmado), possuindo até algumas curiosas soluções, como a do jogo "visto" do lado de dentro dos balneários.