Avioneta despenha-se durante festival aéreo na Covilhã
De acordo com informações avançadas pela Antena 1, os dois ocupantes do aparelho - o piloto e uma acompanhante, jornalista - saíram pelo próprio pé, tendo já sido transferidos para o Hospital da Covilhã.
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De acordo com informações avançadas pela Antena 1, os dois ocupantes do aparelho - o piloto e uma acompanhante, jornalista - saíram pelo próprio pé, tendo já sido transferidos para o Hospital da Covilhã.
Contactado pelo PÚBLICO, o presidente do conselho de administração do hospital, João Casteleiro, indicou que os dois feridos estão em observação mas deverão ter alta ainda hoje. "A jornalista foi suturada num braço e o piloto sofreu ferimentos ligeiros na perna esquerda. Ambos deverão ter alta ainda hoje".
Questionado acerca das eventuais causas do acidente, o clínico não soube avançar nenhuma explicação.
O acidente ocorreu quando a avioneta se fazia à pista e a queda foi amortecida por umas árvores, disse à Lusa o comandante dos bombeiros voluntários da Covilhã, José Flávio.
O aparelho é um Chipmunk - uma aeronave histórica da aviação portuguesa - que pertencia a um clube suíço que participa no festival, adiantou a mesma fonte.
O avião viajava no sentido Norte - Sul e “voou sobre a pista do aeródromo da Covilhã a baixa velocidade”, contou Carlos Seabra, participante no festival na classe de aeromodelismo e que testemunhou a queda, citado pela Lusa.
“Depois afastou-se do aeródromo cerca de 1,5 quilómetros, subiu e quando desceu, virando sobre a asa direita, deu-me ideia que o motor foi abaixo. Vejo o avião a cair a pique e ainda pensei que fosse alguma acrobacia”, descreveu.
“Caiu no meio de muitas árvores e vegetação que podem ter ajudado a que tudo se tenha passado muito bem, além do elevado nível da pilotagem”, acrescentou Carlos Seabra.
A descrição coincide com os relatos dos bombeiros presentes no Aeródromo da Covilhã.
“Verificou-se um abrandar do barulho do motor, até pensaram que se tivesse iniciado alguma acrobacia, mas o avião não voltou a subir”, contou José Flávio, comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã.
Quando a primeira viatura dos Bombeiros Voluntários da Covilhã chegou ao local, “os dois tripulantes já estavam fora do avião”, contou.
“Estavam conscientes, tinham escoriações, não havia feridas incisivas e, em princípio, não havia fracturas. De qualquer maneira foram tratados como feridos politraumatizados e levados para o Hospital Pêro da Covilhã”, a poucos metros de distância.
O avião estava mergulhado na vegetação, impossível de observar nas imediações, exceptuando uma asa, deixada alguns metros atrás, do lado direito da aeronave.
O Núcleo de Estudantes de Aeronáutica, que organizou o festival, recusou-se a prestar declarações sobre o acidente, remetendo mais esclarecimentos para depois da inspecção do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), que ao fim da tarde era aguardada no local.
No local do acidente estiveram os meios dos BVC que estavam de prevenção no aeródromo da Covilhã, um auto-tanque com 500 litros de espumífero de combate a fogo, uma ambulância e mais um veículo especial de emergência.
Notícia actualizada às 20h35