Português Miguel von Haffe Pérez vai dirigir Centro Galego de Arte Contemporânea
Fontes do CGAC disseram à Lusa que o nome de Miguel von Haffe Pérez foi o avançado pelo comité de especialistas reunidos pelo CGAC para auxiliar o patronato na decisão, o último passo num concurso internacional para preencher o cargo.
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Fontes do CGAC disseram à Lusa que o nome de Miguel von Haffe Pérez foi o avançado pelo comité de especialistas reunidos pelo CGAC para auxiliar o patronato na decisão, o último passo num concurso internacional para preencher o cargo.
Esse comité de especialistas, presidido por Manuel Borja-Villel - responsável do Museu Rainha Sofia de Madrid - analisou os sete candidatos finais (num grupo de que fazia também parte o português Delfín Sardo) e enviou no fim-de-semana a sua recomendação ao patronato.
No debate do comité, a decisão final envolvia um dos dois portugueses ou o galego Juan de Nieves, tendo os especialistas acabado por preferir o projecto apresentado por Miguel von Haffe Pérez.
Miguel von Hafe Pérez foi comissário de mais de quatro dezenas de exposições desde 1993 e foi editor da revista “Confidências para o exílio” (1994/1997). Foi ainda responsável pela área de “Artes Plásticas, Arquitectura e Cidade” do Porto 2001, Capital Europeia da Cultura, e em 2002 comissariou a representação portuguesa à 25ª Bienal de São Paulo, com o projecto Poço dos Murmúrios de João Tabarra.
Entre 2002 e 2005 fez parte da mesa curatorial do Centre d’Art Santa Mónica em Barcelona, onde era co-responsável pela programação da instituição e comissariou projectos de artistas portugueses e internacionais.
É actualmente responsável pelo projecto www.anamnese.pt, um arquivo sobre arte contemporânea em Portugal desenvolvido para a Fundação Ilídio Pinho. Nessa instituição integra o Conselho das Artes, que é responsável pelo desenvolvimento de um programa de apoio à arte contemporânea e constituição de uma colecção de arte portuguesa pós-2000.
Dependendo directamente da Concelharia da Cultura do Governo regional galego, o CGAC tem já fortes ligações a Portugal, sendo a sua sede um edifício desenhado por Siza Vieira que acolheu já várias mostras de artistas portugueses.