Cavaco Silva vai tentar obter mais informações sobre “questões de segurança”

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Cavaco Silva recusa-se a entrar na “luta político-partidária” Nuno Ferreira Santos

“Já disse várias vezes que neste período eleitoral que nós vivemos, evito fazer comentários que possam ter directa ou indirectamente algumas conexões político-partidárias. E por isso vou ficar em silêncio”, disse o chefe de Estado em declarações aos jornalistas na inauguração da Casa das Histórias, em Cascais, espaço que vai acolher a obra da pintora Paula Rego.

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“Já disse várias vezes que neste período eleitoral que nós vivemos, evito fazer comentários que possam ter directa ou indirectamente algumas conexões político-partidárias. E por isso vou ficar em silêncio”, disse o chefe de Estado em declarações aos jornalistas na inauguração da Casa das Histórias, em Cascais, espaço que vai acolher a obra da pintora Paula Rego.

“O Presidente da República deve preocupar-se com questões de segurança. Deixemos passar as eleições e depois tentarei, normalmente de uma forma discreta como costumo fazer, obter informações sobre questões de segurança”, acrescentou

Segundo a edição de hoje do “Diário de Notícias”, o assessor do Presidente da República Fernando Lima terá sido a fonte do PÚBLICO nas notícias em que se afirmava que Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo liderado por José Sócrates.

Sob a insistência dos jornalistas, Cavaco Silva recusou-se a entrar na “luta político-partidária”. “O Presidente da República não se deixa atrair para lutas político-partidárias. Portanto, façam aquilo que fizerem, nunca me trarão para essa área”, comentou.

Questionado directamente por um dos jornalistas presentes sobre se a história das escutas partiu directamente de Belém, Cavaco rematou: “Minha senhora: a senhora não é ingénua, eu também não”.

Notícia actualizada às 14h10