Rui Rio adia demolição do Aleixo para o próximo mandato

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Manuel Roberto

Rui Rio deixou muito claro que, caso vença as eleições, a demolição do bairro social vai mesmo avançar. "O Bairro do Aleixo é o principal centro de tráfico de droga da cidade do Porto. É uma vergonha para a cidade do Porto, tal como era o Bairro S. João de Deus", começou por explicar o presidente, numa conferência de imprensa convocada para esta manhã, nos Paços do Concelho.

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Rui Rio deixou muito claro que, caso vença as eleições, a demolição do bairro social vai mesmo avançar. "O Bairro do Aleixo é o principal centro de tráfico de droga da cidade do Porto. É uma vergonha para a cidade do Porto, tal como era o Bairro S. João de Deus", começou por explicar o presidente, numa conferência de imprensa convocada para esta manhã, nos Paços do Concelho.

Depois de garantir que está tudo pronto para adjudicar a demolição do bairro ao consórcio constituído por duas empresas do Grupo Espírito Santo, Rio anunciou que decidiu adiar a assinatura do contrato para depois das eleições, alegando as posições divergentes de toda a oposição sobre o futuro do bairro. "Vamos aguardar pelas eleições, vamos ver o que o Porto diz. Se está de acordo comigo, que quero demolir o bairro, ou com Elisa Ferreira [a candidata do PS], que não quer ", disse.

Rio disse que, caso vença as autárquicas do próximo dia 11 de Outubro, o processo avançará como está previsto, prevendo mesmo que, após a assinatura do contrato, a primeira demolição poderá acontecer "passados alguns meses, ainda em 2010". Por enquanto, disse, não está definido o plano de demolições (o bairro tem cinco torres) nem a percentagem de moradores que terá direito a ser realojada.

A proposta de Rui Rio é que os terrenos do Aleixo, na freguesia de Lordelo do Ouro e com vista para o rio Douro, sejam entregues a Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEII), que será detido, na grande maioria, pelo consórcio composto pela Gesfimo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento e pela Espart - Espírito Santo Participações Financeiras. A câmara ficará com uma participação que deverá rondar os dez por cento.

Como contrapartida pela posse do terreno, o FEII compromete-se a realojar os moradores do Aleixo que a isso tenham direito, através da reabilitação de casas na Baixa ou da construção de raiz em terrenos cedidos pela autarquia. Hoje, Rio acrescentou que com o mercado imobiliário em baixa, é possível que o consórcio possa adquirir casas em qualquer ponto do concelho para realojar os moradores, agilizando, assim, o processo de realojamento.

Actualizada às 12h40