Entrevista inédita a John Lennon revela os motivos da separação dos Beatles

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John Lennon acusou Paul McCartney de querer ser o líder da banda REUTERS

A revista "Rolling Stone" publica, na edição deste mês, uma entrevista inédita a John Lennon, de 1971, em que o músico explicava a ruptura dos Beatles. A entrevista foi realizada pelo editor Jann Wenner, que decidiu torná-la pública para ajudar o jornalista Mikail Gilmore, que está a fazer uma investigação sobre a separação da banda britânica, avança o jornal espanhol "ABC".

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A revista "Rolling Stone" publica, na edição deste mês, uma entrevista inédita a John Lennon, de 1971, em que o músico explicava a ruptura dos Beatles. A entrevista foi realizada pelo editor Jann Wenner, que decidiu torná-la pública para ajudar o jornalista Mikail Gilmore, que está a fazer uma investigação sobre a separação da banda britânica, avança o jornal espanhol "ABC".

A razão já conhecida, e a principal, foi a relação conturbada entre os restantes membros dos Beatles - Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr - e Yoko Ono, mulher de John Lennon. Segundo o cantor de "Imagine", o seu grande sucesso após a saída da banda, "Ringo portava-se melhor", mas "os outros dois" magoaram o casal "a sério". "Nunca os perdoarei", disse Lennon . "Eles desprezavam-na... parecia que tinha que escolher entre estar felizmente casado com eles ou com Yoko. E escolhi Yoko."

Por outro lado, Lennon não aguentava a mediatização do grupo. "Nós vendemos...e eu senti-me desgostoso com isso". Na entrevista, afirmou que a ruptura da banda já se previa há algum tempo. A música, confessa, "estava morta" desde que começaram a ter êxito, no início dos anos 60. Por esse motivo, disse, nunca chegaram a melhorar.

No entanto, Paul McCartney parece ter sido um dos factores primordiais para que Lennon decidisse acabar com os Beatles. John Lennon acusou McCartney de querer ser o líder do grupo e que, tanto ele como Harrison e Starr não lidavam bem com a situação. "Estávamos fartos de ser a sombra do Paul".

John Lennon viria a ser assassinado a 8 de Dezembro de 1980, em Nova Iorque. Editou, na vida "pós-Beatles", êxitos como "Imagine" e "Instant Karma".