Os diários de Byrne em bicicleta
O músico e realizador David Byrne, um dos fundadores dos Talking Heads (e também artista plástico: faz fotografia e instalações), acaba de publicar no Reino Unido o seu sexto livro, "Bicycle Diaries". Desde os anos 80 que o meio de transporte preferido de David Byrne (57 anos) em Nova Iorque é a bicicleta. "Quando fiz a minha primeira tentativa, senti-me liberto e com imensa energia. Foi estimulante circular pelas ruas sujas. No final dos anos 80 descobri as bicicletas desmontáveis, e quando ou o meu trabalho ou a minha curiosidade me levam para outras partes do mundo costumo levar uma bicicleta comigo", escreve ele.
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O músico e realizador David Byrne, um dos fundadores dos Talking Heads (e também artista plástico: faz fotografia e instalações), acaba de publicar no Reino Unido o seu sexto livro, "Bicycle Diaries". Desde os anos 80 que o meio de transporte preferido de David Byrne (57 anos) em Nova Iorque é a bicicleta. "Quando fiz a minha primeira tentativa, senti-me liberto e com imensa energia. Foi estimulante circular pelas ruas sujas. No final dos anos 80 descobri as bicicletas desmontáveis, e quando ou o meu trabalho ou a minha curiosidade me levam para outras partes do mundo costumo levar uma bicicleta comigo", escreve ele.
No novo livro, Byrne conta como foram as suas viagens em bicicleta em oito cidades: Londres, Berlim, Istambul, Buenos Aires, Manila, Sydney, São Francisco e Nova Iorque. E também por outros sítios da América. O jornal britânico "The Guardian", que já leu o livro, acredita que este tem muito em comum com "What I Talk About When I Talk About Running", do romancista japonês Haruki Murakami (que vai ser publicado em Portugal pela Casa das Letras). Ambos os livros reflectem o que os autores vão meditando e pensando enquanto atravessam as cidades (um de bicicleta e outro a pé). Escreve também o crítico do "The Guardian" que este não é um livro onde se aprende a mudar um pneu ou a tapar um furo. Não é um guia daqueles em que nos dizem que tipo de bicicleta comprar, apesar de no final do livro existir um capítulo com algumas dicas. A determinada altura David Byrne está a falar dos ciclistas nova-iorquinos e escreve: "Talvez seja irrealista mas acho que se os ciclistas querem ser mais bem tratados pelos motoristas e pelos peões têm que obedecer às regras de trânsito tal como eles esperam que os carros o façam." Um aviso sensato.