Maradona diz que Argentina tem trunfos e elogia Hulk

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Maradona diz que Hulk teve "grande impacto" Reuters (arquivo)

Nos nove meses que leva no cargo, sublinha Diego Maradona, esteve no total “um mês e meio” com os jogadores. Pouco tempo para falar na sua influência na selecção. “Só me reúno com os rapazes dois dias antes de cada jogo. Eles fazem viagens longas e precisam de descansar. Não podemos trabalhar muito antes dos jogos, isso destrui-los-ia”, frisou.

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Nos nove meses que leva no cargo, sublinha Diego Maradona, esteve no total “um mês e meio” com os jogadores. Pouco tempo para falar na sua influência na selecção. “Só me reúno com os rapazes dois dias antes de cada jogo. Eles fazem viagens longas e precisam de descansar. Não podemos trabalhar muito antes dos jogos, isso destrui-los-ia”, frisou.

No entanto, isso não tira o sono a Diego Maradona quando se fala do apuramento para o Mundial de 2010. “O Campeonato do Mundo não seria o mesmo sem a Argentina. Ia ser descolorido”, disse Maradona, mostrando-se “absolutamente seguro” do apuramento. Quarta classificada da zona sul-americana de qualificação para o Mundial, a Argentina recebe o Brasil (primeiro) no dia 5 de Setembro. Um jogo que o seleccionador argentino considera “chave para a qualificação”. O quarto posto é o último que garante o apuramento directo para a África do Sul.

Treinar penáltis com Fidel

Uma das histórias mais incríveis que Maradona recorda na entrevista passou-se com Fidel Castro. O antigo presidente cubano perguntou a El Pibe como marcava as grandes penalidades e acabaram os dois a treinar. “Depois sentámo-nos durante horas a falar de política. Seis ou sete horas. Ele é uma lenda viva, ninguém no mundo tem o carisma dele. Nem o Papa!”

Messi pode não ter o carisma de Fidel Castro nem do Papa, mas Maradona diz que é mais difícil de apanhar ao telefone que o presidente dos Estados Unidos. “Não o tenho visto [a Lionel Messi]. Tentei telefonar-lhe, mas é mais fácil falar com Obama que com 'Lio’”, gracejou.

Diego Maradona admitiu ter ficado surpreendido com alguns jogadores, sendo que um deles é o brasileiro Hulk, do FC Porto: “Teve grande impacto”, reconheceu o seleccionador argentino. Outra surpresa, menos positiva, foi o brasileiro Ronaldinho Gaúcho, do AC Milan. “Parece outra vez em forma, mas perdeu aquela energia explosiva que tinha. Gostaria de voltar a vê-lo fazer as suas fintas. Espero que regresse, mas só depois de jogar connosco, claro.”

Embora diga que nenhuma equipa lhe chamou a atenção recentemente, Maradona acredita que o Real Madrid vai mudar com o brasileiro Kaká, contratado ao AC Milan: “Vai dar-lhes uma dimensão extra”, vincou.