Chiado Editora, que suspendeu livro sobre o islão, nega censura

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A Chiado Editora, que decidiu recentemente suspender a publicação do livro "A Última Madrugada do Islão", de André Ventura, explicou em comunicado divulgado ontem que tem em seu poder "alguns comentários e pareceres que obrigariam qualquer editora respeitável no mundo a reflectir, a ponderar e a medir as consequências da publicação desta obra, no mercado português ou em qualquer outro mercado editorial".
O comunicado pretende, segundo a editora, apresentar "alguns factos que estiveram na origem da decisão" na sequência da "contestação pública de que [esta] foi alvo na televisão, imprensa escrita e blogosfera". A editora justificara a suspensão anunciando que recebera ameaças.
A Chiado baseou-se em comentários de professores universitários - e cita Pablo Cortés da Universidade de Leicester e Olufemi Amao, da Universidade de Brunel - e de "membros da comunidade muçulmana que pediram expressamente a não divulgação dos respectivos nomes com receio de represálias".
As pessoas consultadas terão considerado que o livro tem "um 'potencial incendiário' de 'consequências imprevisíveis', pela envolvência psicológica e sexual que rodeia a figura do Profeta Maomé, assim como pela indicação de pessoas e lugares reais da Organização de Libertação da Palestina".
Na sequência destas opiniões, a Chiado decidiu pedir um parecer ao xeque David Munir, responsável pela Mesquita Central de Lisboa. A editora rejeita a ideia de que este pedido represente uma "censura prévia" e garante respeitar "absolutamente a liberdade de expressão", sublinhando contudo que esta "não pode ser exercida sem ter em conta valores fundamentais como a segurança e a harmonia da comunidade".

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A Chiado Editora, que decidiu recentemente suspender a publicação do livro "A Última Madrugada do Islão", de André Ventura, explicou em comunicado divulgado ontem que tem em seu poder "alguns comentários e pareceres que obrigariam qualquer editora respeitável no mundo a reflectir, a ponderar e a medir as consequências da publicação desta obra, no mercado português ou em qualquer outro mercado editorial".
O comunicado pretende, segundo a editora, apresentar "alguns factos que estiveram na origem da decisão" na sequência da "contestação pública de que [esta] foi alvo na televisão, imprensa escrita e blogosfera". A editora justificara a suspensão anunciando que recebera ameaças.
A Chiado baseou-se em comentários de professores universitários - e cita Pablo Cortés da Universidade de Leicester e Olufemi Amao, da Universidade de Brunel - e de "membros da comunidade muçulmana que pediram expressamente a não divulgação dos respectivos nomes com receio de represálias".
As pessoas consultadas terão considerado que o livro tem "um 'potencial incendiário' de 'consequências imprevisíveis', pela envolvência psicológica e sexual que rodeia a figura do Profeta Maomé, assim como pela indicação de pessoas e lugares reais da Organização de Libertação da Palestina".
Na sequência destas opiniões, a Chiado decidiu pedir um parecer ao xeque David Munir, responsável pela Mesquita Central de Lisboa. A editora rejeita a ideia de que este pedido represente uma "censura prévia" e garante respeitar "absolutamente a liberdade de expressão", sublinhando contudo que esta "não pode ser exercida sem ter em conta valores fundamentais como a segurança e a harmonia da comunidade".