O Barco do Rock

Que os ingleses levam muito a sério a sua cultura pop só lhes fica bem, e no papel "O Barco do Rock", que ficciona os dias de ouro das rádios piratas inglesas dos anos 1960, podia ser uma extensão da "Alta Fidelidade" de Nick Hornby ou da "Quadrophenia" dos Who - como tornar-se um homem ao som do rock''n''roll. É isso que Richard Curtis, o argumentista de "Quatro Casamentos e um Funeral" (Mike Newell, 1993) e "Notting Hill" (Roger Michell, 1999) e realizador de "O Amor Acontece" (2003), quis fazer.

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Que os ingleses levam muito a sério a sua cultura pop só lhes fica bem, e no papel "O Barco do Rock", que ficciona os dias de ouro das rádios piratas inglesas dos anos 1960, podia ser uma extensão da "Alta Fidelidade" de Nick Hornby ou da "Quadrophenia" dos Who - como tornar-se um homem ao som do rock''n''roll. É isso que Richard Curtis, o argumentista de "Quatro Casamentos e um Funeral" (Mike Newell, 1993) e "Notting Hill" (Roger Michell, 1999) e realizador de "O Amor Acontece" (2003), quis fazer.


Mas o que fez foi outra coisa: uma espécie de comédia televisiva inchada artificialmente para duas horas e quinze, com uma colecção de cromos bem sacados por um elenco de luxo, uma reconstituição dos "swinging sixties" de estarrecer e uma banda-sonora arrasadora deixados à deriva em busca de um argumento que lhes dê consistência. O que é tanto mais grave quanto se Curtis sempre foi bom em alguma coisa foi a escrever ? mas este "barco do rock" começa a meter água logo ao princípio.

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