Fenómeno El Niño voltou e está a formar-se no Pacífico
O fenómeno, que provoca um aquecimento anormal das águas no Pacífico, já trouxe a seca à Austrália e atrasou as monções na Índia. O Instituto de Meteorologia indiano informou que, até 1 de Julho, a precipitação registada era 29 por cento abaixo do normal. Até ao Outono, o seu impacto pode ser sentido na América Latina e América do Norte.
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O fenómeno, que provoca um aquecimento anormal das águas no Pacífico, já trouxe a seca à Austrália e atrasou as monções na Índia. O Instituto de Meteorologia indiano informou que, até 1 de Julho, a precipitação registada era 29 por cento abaixo do normal. Até ao Outono, o seu impacto pode ser sentido na América Latina e América do Norte.
A chegada do El Niño foi revelada ontem por um relatório do Centro de Previsão Climática, da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica). As tendências favorecem um “El Niño fraco-a-moderado” no Inverno no Hemisfério Norte em 2009, “com um possível agravamento posterior”.
Andrew Watkins, do Instituto de Meteorologia australiano, comentou esta quarta-feira que “há muito poucas hipóteses de o actual desenvolvimento [do El Niño] vir a abrandar”. “Não parece fraco mas também não deverá chegar aos níveis de 1997/1998”, acrescentou.
Segundo a comunidade científica, este é um fenómeno que surge em ciclos de três a cinco anos e foi identificado pela primeira vez no século XIX. O El Niño de 1997/1998 causou a morte a mais de duas mil pessoas e milhões de dólares de prejuízos.
Um episódio de seca causado pelo El Niño poderá colocar em risco a produção de trigo na Austrália, afectar a produtividade do óleo de palma na Malásia e Indonésia e as plantações de arroz nas Filipinas.
A última vez que o El Niño apareceu foi em 2006.