Coco avant Chanel
O "biopic" comporta grandes riscos,sobretudo num tempo em que aestética televisiva estendeu os seusgigantescos tentáculos e normalizouum género que, já de si, não primavapela originalidade de perspectivas."Coco avant Chanel" pode terfraquezas (um certo "look" elegante,para condizer com a personagem),mas evita as simplicidades narrativas,fugindo da historinha primária comoo diabo foge da cruz. Falta-lhe tensãona organização do triânguloamoroso, mas consegue, com a ajudade uma interpretação seca e vibrantede Audrey Tautou, atingircomplexidades insuspeitadas,transformando a rainha da modaparisiense numa personagemmultifacetada, cheia de contradições,bem longe das Piafs de recente (e má)memória. Por que não dizer queconstitui uma agradável surpresa?
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O "biopic" comporta grandes riscos,sobretudo num tempo em que aestética televisiva estendeu os seusgigantescos tentáculos e normalizouum género que, já de si, não primavapela originalidade de perspectivas."Coco avant Chanel" pode terfraquezas (um certo "look" elegante,para condizer com a personagem),mas evita as simplicidades narrativas,fugindo da historinha primária comoo diabo foge da cruz. Falta-lhe tensãona organização do triânguloamoroso, mas consegue, com a ajudade uma interpretação seca e vibrantede Audrey Tautou, atingircomplexidades insuspeitadas,transformando a rainha da modaparisiense numa personagemmultifacetada, cheia de contradições,bem longe das Piafs de recente (e má)memória. Por que não dizer queconstitui uma agradável surpresa?