Presidente das Honduras foi detido pelos militares
A oposição e o Parlamento opuseram-se à realização do referendo, mas Zelaya ocupou na sexta-feira uma base militar, juntamente com um grupo de apoiantes, para resgatar as urnas destinadas à realização do escrutínio. Nas Honduras, a Constituição apenas permite ao Presidente exercer um mandato de quatro anos, e só uma alteração constitucional permitirá a Zelaya, eleito em 2006, voltar a concorrer para nova presidência, a 29 de Novembro.
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A oposição e o Parlamento opuseram-se à realização do referendo, mas Zelaya ocupou na sexta-feira uma base militar, juntamente com um grupo de apoiantes, para resgatar as urnas destinadas à realização do escrutínio. Nas Honduras, a Constituição apenas permite ao Presidente exercer um mandato de quatro anos, e só uma alteração constitucional permitirá a Zelaya, eleito em 2006, voltar a concorrer para nova presidência, a 29 de Novembro.
Um dos seus principais aliados na região, o homólogo venezuelano Hugo Chávez, já denunciou “um golpe de Estado nas Honduras”. A realização do referendo não é consensual entre o próprio Partido Liberal, liderado por Zelaya.
Um vizinho do Presidente, citado pela agência AFP, contou que cerca de 200 soldados rodearam a casa de Zelaya ao início da manhã, cerca de 13 horas em Lisboa. Ouviram-se quatro disparos e depois três veículos militares seguiram em direcção a uma base aérea.
Fora também interrompidas as emissões dos canais de televisão 36 e 8, e no último a apresentador ainda terá anunciado “parece que os militares se dirigem para aqui”, adiantou a AFP. Na sexta-feira o Parlamento já tinha debatido a hipótese de destituição do Presidente.