Esperada afluência recorde nas presidenciais iranianas
“Esta é uma afluência sem precedentes”, admitiu Kamran Daneshjou, chefe da comissão eleitoral iraniana, a meio da tarde, confirmando os relatos dos jornalistas que se deslocaram às mesas de voto.
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“Esta é uma afluência sem precedentes”, admitiu Kamran Daneshjou, chefe da comissão eleitoral iraniana, a meio da tarde, confirmando os relatos dos jornalistas que se deslocaram às mesas de voto.
As urnas deveriam encerrar às 18h00 (14h30 em Lisboa), mas a elevada afluência já levou a quatro adiamentos na hora de fecho das mesas de voto. O Ministério do Interior tinha admitido que a votação poderia prolongar-se até à meia-noite (20h30 em Lisboa) para permitir a participação de todos os que aguardam nas filas.
Os analistas acreditam que a elevada participação poderá favorecer o antigo primeiro-ministro Mir-Hossein Mousavi, o candidato com mais hipóteses de rivalizar com o Presidente cessante, Mahmoud Ahmadinejad, eleito em 2005 com a promessa de dar prioridade aos mais desfavorecidos, num escrutínio que não mobilizou o sector reformista.
Sadegh Kharazi, aliado do candidato moderado afirmou ao início da tarde que os estudos de opinião que estão a ser recolhidos mostram que o candidato estará a obter entre 58 e 60 por cento dos votos expressos. Estas declarações foram criticadas por um dos conselheiros do Presidente, alegando que, perante tão alta participação, é impossível fazer previsões. “Esta é uma guerra psicológica que eles lançaram para influenciar o voto”, declarou Ali Akbar Javanfekr.
Além de Ahmadinejad e Mousavi, concorrem a estas eleições o reformista Mehdi Karroubi e o conservador Mohsen Rezai. Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50 por cento dos votos, será organizada uma segunda volta, prevista para a próxima sexta-feira.
Numa declaração na Casa Branca, Barack Obama saudou a forma como decorreu a campanha eleitoral e disse acreditar “que é possível uma mudança” nas relações entre os dois países. “Independentemente de que ganhe, o facto de ter havido um debate robusto poderá aumentar a nossa capacidade para dialogarmos com eles de uma nova maneira”, afirmou.
Notícia actualizada às 18h10