Marinha com “nova” fragata para controlo da costa e compromissos internacionais

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Pela primeira vez, a Marinha portuguesa terá cinco navios com mais de 3000 toneladas Daniel Rocha

A NRP Bartolomeu Dias, até há pouco RNLM Van Ness, é uma fragata em segunda mão, comprada à Holanda em conjunto com a futura NRP D. Francisco de Almeida (ainda chamada RNLM Van Galen), por 240 milhões de euros, no quadro da Lei de Programação Militar. A segunda, seis meses mais nova que a Bartolomeu Dias, só deverá ser entregue em Janeiro do próximo ano, precisou o ministro Nuno Severiano Teixeira. O contrato foi assinado em Novembro de 2006.

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A NRP Bartolomeu Dias, até há pouco RNLM Van Ness, é uma fragata em segunda mão, comprada à Holanda em conjunto com a futura NRP D. Francisco de Almeida (ainda chamada RNLM Van Galen), por 240 milhões de euros, no quadro da Lei de Programação Militar. A segunda, seis meses mais nova que a Bartolomeu Dias, só deverá ser entregue em Janeiro do próximo ano, precisou o ministro Nuno Severiano Teixeira. O contrato foi assinado em Novembro de 2006.

Ao lado do ministro da Defesa holandês, Eimert van Middelkoop e dos chefes de Estado-Maior da Armada dos dois países, Severiano Teixeira realçou que a Bartolomeu Dias representa “uma etapa importante na modernização da Armada portuguesa”. O navio servirá não só para assegurar a soberania no mar através do patrulhamento da costa portuguesa, mas também para cumprir os compromissos junto da NATO e da EU. “Portugal pode agora desempenhar funções ao mesmo nível dos seus aliados e parceiros”, reforçou o ministro.

Com 15 anos

A fragata de 3320 toneladas e 122 metros que esteve ao serviço da Holanda quase 15 anos, está no entanto equipada com tecnologia que não tem tido grande evolução nos últimos anos, com características que a tornam um importante elemento de combate em situações de guerra anti-submarina, anti-aérea e anti-superfície. Além disso, tem uma reduzida assinatura de radar, o que lhe permite passar despercebida a muitos sensores, e está equipada com um helicóptero Super Lynx (vocacionado para a luta anti-submarina). Capacidades que lhe permitem igualmente bons desempenhos no combate à pirataria e ao tráfico ilegal.

Rebatendo o facto de a embarcação ter já década e meia, Severiano Teixeira realçou que “a idade dos navios não é igual à idade das pessoas”. Acrescentando que este passa a ser uma das embarcações “mais avançadas” em termos tecnológicos que Portugal tem, sendo uma das suas maiores vantagens o facto de ser “interoperável com outros navios”, como é o caso da classe Vasco da Gama.

A Bartolomeu Dias tem uma guarnição de 164 elementos. Pela primeira vez, a Marinha nacional terá cinco navios com mais de três mil toneladas.

Já para o mar

A agenda da Bartolomeu Dias para as próximas semanas já está ocupada. Entre os dias 21 e 24 estará em Aveiro para participar nas comemorações do Dia da Marinha. Segue depois para a Madeira, onde a 26 recebe a bordo os membros da Comissão Parlamentar de Defesa para uma visita às Selvagens. Regressa então a Lisboa para integrar o Contex/Phibex, um exercício anual de âmbito internacional que decorre ao largo da costa portuguesa.

A prova mais dura está marcada para Junho: durante seis semanas (entre 16 de Junho e 3 de Agosto), a Bartolomeu Dias vai integrar o Operational Sea Training, que é considerado um dos mais duros exercícios da Marinha na Europa e que todos os navios cumprem a cada quatro anos.

Multifacetada, a Bartolomeu Dias foi construída de modo a poder operar em qualquer parte do mundo. Está equipada com vários radares de longo e médio alcance, dois sonares e sistema de detecção de guerra electrónica (emissões electromagnéticas); e também com diversos mísseis de longo e curto alcance, entre outras peças de artilharia.