Netanyahu não vai apoiar solução de dois estados em Washington
O primeiro-ministro israelita já repetiu que não aceita tal solução. O Presidente norte-americano, por seu lado, deixou claro que este é o resultado que os EUA desejam.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O primeiro-ministro israelita já repetiu que não aceita tal solução. O Presidente norte-americano, por seu lado, deixou claro que este é o resultado que os EUA desejam.
“O estabelecimento de um estado palestiniano vai levar a um segundo ‘hamastão’”, disse o deputado Ofir Akonis, do Likud, num fórum no Sul de Israel. Netanyahu pretenderá “avançar o processo de paz nas frentes económica, diplomática e de segurança”, disse o ministro da Educação, Gideon Saar. O ministro lembrou ainda que o último acordo entre israelitas e palestinianos – o acordo de Wye – foi assinado enquanto Netanyahu era primeiro-ministro.
Curiosamente, o ministro já não lembrou que o acordo foi assinado depois de uma campanha em que Netanyahu tinha garantido que não entraria em negociações de território por paz – e acabou por fazer isto mesmo quando pressionado pelos Estados Unidos. “Bibi”, como é conhecido Netanyahu em Israel, perdeu depois as eleições antecipadas.
Enquanto isso, o líder do Labour e ministro da Defesa, Ehud Barak, veio dizer que acredita que Netanyahu – que entretanto já estava no avião para Washington – irá acabar por aceitar uma solução de dois estados. “Não vejo por que não”, disse Barak. “Acho que Netanyahu está pronto para um processo cujo final é haver dois estados para dois povos”.