Jerónimo diz que "Governo devia ser mais cauteloso" em matéria de imigração

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O líder do PCP recordou que são muitos os portugueses a viver no estrangeiro Carlos Lopes (arquivo)

"O Partido Socialista veio invocar a crise para regressar ao sistema de quotas mas as quotas não resolvem nada", afirmou o dirigente comunista, referindo que o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, "esqueceu que Portugal tem muitos emigrantes e se os outros países começarem a impor quotas veremos como é que Portugal reage quando começarem a regressar".

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"O Partido Socialista veio invocar a crise para regressar ao sistema de quotas mas as quotas não resolvem nada", afirmou o dirigente comunista, referindo que o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, "esqueceu que Portugal tem muitos emigrantes e se os outros países começarem a impor quotas veremos como é que Portugal reage quando começarem a regressar".

Vieira da Silva disse ontem, à margem da reunião do Conselho de Ministros que o governo vai reduzir ainda este ano a quota de imigrantes extra-comunitários que actualmente é de 8600.

Jerónimo de Sousa mostrou-se também contra a possibilidade de formar um Bloco Central composto por PS, PSD e CDS, repudiando ainda a posição do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller.

"Este governo serviu os interesses do grande capital - não dos pequenos e médios empresários que também foram vítimas desta política. Naturalmente que o senhor Van Zeller, que representa esse grande capital, (...) está interessado na repetição dessa política e detesta este Partido Comunista Português que sempre esteve do lado dos trabalhadores", denunciou o líder comunista.

Jerónimo de Sousa falava num comício de homenagem no centenário do nascimento de Soeiro Pereira Gomes, militante do Partido Comunista e escritor do neo-realismo português, que aconteceu esta noite em Alhandra, Vila Franca de Xira.