"Elo perdido" da evolução das focas descoberto no Árctico
Este fóssil, com 20 a 24 milhões de anos, foi descoberto durante o Verão de 2007, numa expedição à ilha Devon, no território Nunavut, numa cratera causada pelo impacto de um meteorito, a 1500 quilómetros do Pólo Norte. Os cientistas chamaram-lhe Puijila darwini.
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Este fóssil, com 20 a 24 milhões de anos, foi descoberto durante o Verão de 2007, numa expedição à ilha Devon, no território Nunavut, numa cratera causada pelo impacto de um meteorito, a 1500 quilómetros do Pólo Norte. Os cientistas chamaram-lhe Puijila darwini.
O primeiro nome, relativo ao género, designa um jovem mamífero marinho em Inuktitut, a linguagem do povo Inuit que vive em Nunavut. Já darwini, a designação da espécie, é uma homenagem a Charles Darwin, o autor da teoria da evolução através da selecção natural, que previu a existência de formas intermédias de animais que documentassem como animais adaptados à terra fizeram o percurso para o mar ou rios, sofrendo novas adaptações ao seu novo habitat.
O esqueleto deste animal tem 110 centímetros, do focinho à cauda. Foram encontrados 65 por cento dos ossos. Este carnívoro lembra uma lontra, mas o crânio é mais parecido com o de uma foca.
Esta descoberta “altera o que conhecemos sobre como a evolução das focas ocorreu”, disse à agência AFP Natalia Rybczynski, paleontóloga do Museu Canadiano da Natureza, uma das autoras do artigo publicado na Nature.