Grande Muralha da China tem mais 3000 quilómetros do que se pensava
As tecnologias de infravermelhos e GPS permitiram localizar algumas das áreas que desapareceram ao longo do tempo, fustigadas por tempestades de areia, diz a BBC.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As tecnologias de infravermelhos e GPS permitiram localizar algumas das áreas que desapareceram ao longo do tempo, fustigadas por tempestades de areia, diz a BBC.
O estudo foi realizado ao longo de dois anos e orientado pela Agência de Património Cultural e pelos Serviços de Cartografia chineses.
Os peritos afirmam que as secções agora descobertas foram construídas durante a dinastia Ming (1368-1644) e estendem-se desde a montanha Hu, no Norte da província de Liaoning, até à Passagem de Jiayu, na zona oeste da província de Gansu.
O projecto continuará nos próximos 18 meses, para modo mapear algumas secções construídas durante as dinastias Qin (221-206 a.C.) e Han (206 a.C.-9 d.C.).
Este mapeamento faz parte de um projecto de conservação a dez anos, lançado em 2005, e servirá para identificar quais as secções da muralha que necessitam de preservação mais urgente, ao mesmo tempo que relata os esforços para a renovar e preservar, segundo a agência de notícias AFP.
“A Grande Muralha está sob grande ameaça. As alterações mudanças climáticas e a enorme construção de infra-estruturas em curso no país os maiores problemas”, disse Shan Jixiang, director da Agência de Património Cultural, em entrevista ao jornal “China Daily”.
A Grande Muralha da China é a maior estrutura construída pelo Homem e foi erguida na fronteira norte do Império Chinês. É Património Mundial da Unesco desde 1987.