Vitória e golos à África do Sul a pensar na África do Sul
A selecção lusa apareceu com outra face – Queiroz, mais tarde, também poderia mudar a sua. Do jogo com a Suécia para este mantiveram-se apenas cinco titulares – Cristiano Ronaldo não era um deles. Houve espaço para três estreias absolutas: Nelson, Gonçalo Brandão, a quarta experiência de Queiroz no corredor esquerdo da defesa, e Edinho não desiludiram nem entusiasmaram.
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A selecção lusa apareceu com outra face – Queiroz, mais tarde, também poderia mudar a sua. Do jogo com a Suécia para este mantiveram-se apenas cinco titulares – Cristiano Ronaldo não era um deles. Houve espaço para três estreias absolutas: Nelson, Gonçalo Brandão, a quarta experiência de Queiroz no corredor esquerdo da defesa, e Edinho não desiludiram nem entusiasmaram.
Foi como Portugal, que, no entanto, foi veloz a chegar ao fruto proibido. Finalmente, fez-se um cruzamento para o segundo poste e a África do Sul, sem um Majstorovic para cortar tudo, permitiu que Bruno Alves inaugurasse o marcador logo aos quatro minutos. O primeiro quarto de hora foi mesmo o melhor de Portugal, que conseguiu oito cantos e uma boa parte dos seus remates nesse período.
Mesmo sem muitas oportunidades flagrantes de golo, a superioridade portuguesa foi evidente ao longo do jogo. Joel Santana também tem muito para fazer com a sua selecção. A diferença é que ainda tem algum tempo para correcções e já está qualificada. Quanto a Portugal, se não melhora a partir de Junho, quando defrontar a Albânia, arrisca-se a que o jogo de ontem seja o que mais perto consegue chegar da África do Sul.
Deco, Edinho, Nani e Maniche esforçaram-se para marcar, mas foram tentativas condenadas ao fracasso. Itumeleng Khune, que pouco trabalho teve no triunfo recente da equipa sul-africana sobre a Noruega, teve, desta vez, que mostrar serviço, mas também não fez grande coisa. Tal como no primeiro golo, no segundo o guarda-redes do Kaizer Chiefs e a sua defesa ficaram a ver a bola sobrevoar a sua baliza, antes de Twala empurrar a bola para as suas próprias redes. “O golo é meu”, afirmou, no final, Edinho, que de facto foi importante no lance. Não importa como são os golos, neste momento Portugal aceita-os de quaisquer formas e feitios.
Isto sucedeu ao 56’, mas pouco jogo houve depois disso. As constantes substituições acabaram com qualquer ligação que os jogadores tiveram até aí. Ronaldo e Simão entraram a tempo das suas 64.ª (igual a Eusébio e Humberto Coelho) e 70.ª (tantas como João Pinto, o antigo lateral do FC Porto) internacionalizações, respectivamente, mas foram tão decisivos como na 63.ª e 69.ª.
Carlos Queiroz, que apenas perdeu quatro dos 20 jogos que fez como seleccionador da África do Sul, teve os tais golos que lhe permitiram finalmente barbear-se. Mas temos de esperar mais alguns meses para perceber se Portugal aparece realmente de cara lavada.
Ficha de jogoJogo no Estádio Olímpico La Pontaise, em Lausana.
Assistência 14659 espectadores.
Portugal
Eduardo, Nelson, Ricardo Carvalho (Rolando, 46), Bruno Alves, Gonçalo Brandão, Pepe (Tiago, 74’), Maniche (Raul Meireles, 57’), Deco (João Moutinho, 62’), Danny (Simão, 57’), Nani (Cristiano Ronaldo, 57’) e Edinho.
África do SulKhune, Gaxa, Mokoena, Morris, Twala, Sibaya, Davids (Masilela, 73’), Pienaar (Madubi, 65’), Modise (Moriri, 76’), Tshabalala (Khenyeza, 65’) e Parker (Mashengo, 78’). Árbitro Massimo Busacca, da Suíça.
Golos
1-0, por Bruno Alves, aos 4’; 2-0, por Twala (autogolo), aos 56’.
Notícia actualizada às 23h07