Governo espanhol intervém na Caja Castilla-La Mancha
Fontes do executivo confirmaram à Lusa que o texto deverá ser aprovado na reunião extraordinária do conselho demMinistros de hoje, em que será analisada a decisão do Banco de Espanha intervir na CCM.
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Fontes do executivo confirmaram à Lusa que o texto deverá ser aprovado na reunião extraordinária do conselho demMinistros de hoje, em que será analisada a decisão do Banco de Espanha intervir na CCM.
Essa decisão foi tomada pelo Banco de Espanha no sábado e foi hoje notificada numa reunião com a cúpula directiva da CCM, cujo conselho de administração será substituído e cuja gestão ficará a cargo do banco central.
Criada há 17 anos, pela fusão de quatro caixas de aforro, a Caja Castilla-La Mancha (CCM) vive actualmente o seu momento mais crítico, com rumores de um buraco patrimonial e a retirada, no último ano, de 1.500 milhões de euros pelos por depositantes desconfiados.
A CCM, uma das entidades financeiras mais afectadas pela crise financeira, torna-se assim na primeira entidade financeira espanhola a ser alvo de uma intervenção significativa desde que, 1993, o Governo tomou o controlo do Banesto.
No ano passado a entidade registou lucros consolidados de 29,8 milhões de euros, menos 87,1 por cento que no ano anterior, ressentindo-se do aumento das dotações e provisões que triplicaram para 16,5 milhões.
A prejudicar a situação da CCM estiveram também as perdas de 140 milhões de euros devido à deterioração dos activos financeiros.
Envolvida num processo negocial para uma eventual fusão com a Unicaja - a principal caixa de aforro da Andaluzia - a CCM concedeu no ano passado 19.537 milhões de euros de créditos aos seus clientes.
Depósitos de 17.265 milhões de euros deverão estar garantidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos, num limite máximo de 100 mil euros por cliente.
Em 2007 a Caja Castilla-La Mancha tinha 582 filiais em Espanha e sete no estrangeiro, contando com 2.292 empregados e gerindo uma obra social de mais de 56,7 milhões de euros.
A CCM tinha previsto para terça-feira uma reunião do conselho de administração durante a qual se deveria debater a fusão com a Unicaja que informou sexta-feira que as conversações para a fusão "prosseguiam" com total normalidade.
A decisão de intervenção do Banco de Espanha poderá tornar essa fusão inviável.