Dupla sedução
Julia Roberts é um fenómeno em vias de extinção: uma estrela, daquelas que incendeiam o ecrã, que obrigam só por si a ver um filme. Mas, se este prodígio de fotogenia e esta magia inexplicável funcionam sempre, nem todos os veículos que para a actriz se criam a merecem, porque apenas a aproveitam em parte. É o caso desta espionagem industrial, perdida em confusos "flash-backs" e em sucessivos truques de argumento.
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Julia Roberts é um fenómeno em vias de extinção: uma estrela, daquelas que incendeiam o ecrã, que obrigam só por si a ver um filme. Mas, se este prodígio de fotogenia e esta magia inexplicável funcionam sempre, nem todos os veículos que para a actriz se criam a merecem, porque apenas a aproveitam em parte. É o caso desta espionagem industrial, perdida em confusos "flash-backs" e em sucessivos truques de argumento.
Um mau filme? Nem pensar. Apenas um desperdício de talentos, sem grandes ideias de cinema, nem brilho por aí além. Tudo certinho, mas falta o principal: um realizador que soubesse jogar com as hipóteses de uma tresloucada comédia "screwball" em potência. Já nem nos atrevíamos a pedir Howard Hawks; bastava o John McTiernan de "Thomas Crown Affair".