Taça da Liga: Lucílio Baptista assume erro e nega indicação contrária de assistente

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O árbitro de Setúbal não pediu desculpa, mas admitiu que errou Paulo Ricca (arquivo)

Em entrevista à Agência Lusa, o juiz setubalense reconheceu a sua insatisfação pela má decisão tomada no jogo de sábado, embora "ninguém seja infalível", mas defendeu que não há necessidade de pedir desculpa aos "leões", preferindo "assumir o erro, ainda por cima com influência no resultado, perante os adeptos".
"Nenhum árbitro pode ficar satisfeito depois de visionar um lance com influência no resultado. Não estou satisfeito. Na altura, foi com 100 por cento de convicção de que estava a agir correctamente", afirmou, justificando a decisão com os movimentos corporais do benfiquista Di Maria e do sportinguista Pedro Silva, assim como a mudança de trajectória da bola.

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Em entrevista à Agência Lusa, o juiz setubalense reconheceu a sua insatisfação pela má decisão tomada no jogo de sábado, embora "ninguém seja infalível", mas defendeu que não há necessidade de pedir desculpa aos "leões", preferindo "assumir o erro, ainda por cima com influência no resultado, perante os adeptos".
"Nenhum árbitro pode ficar satisfeito depois de visionar um lance com influência no resultado. Não estou satisfeito. Na altura, foi com 100 por cento de convicção de que estava a agir correctamente", afirmou, justificando a decisão com os movimentos corporais do benfiquista Di Maria e do sportinguista Pedro Silva, assim como a mudança de trajectória da bola.

"Há um erro, foi uma análise mal feita. O que vi ontem foi um jogador, o Di María, passar a bola por cima do jogador Pedro Silva. Há um movimento do braço e do ângulo onde estou fico com a certeza que a bola foi desviada com braço", explicou o árbitro, em declarações à SIC, onde negou ter tido um domingo fantástico, como referiu Paulo Bento: "Sou uma pessoa séria e honesta."
Lucílio Baptista refutou também as declarações de alguns jogadores dos "leões", que afirmaram que o árbitro auxiliar José Cardinal, o mais próximo da grande área do Sporting, teria comunicado ao seu chefe de equipa uma opinião diferente, imediatamente a seguir à jogada e de forma insistente.

"Ele nunca disse que não era (penálti), apenas dizia que não viu, do sítio onde estava. Foi então que me aproximei para dialogarmos. Decidi manter a decisão porque recebi o som de retorno do outro assistente (Pais António), que tinha o mesmo ângulo de visão que eu e viu o lance exactamente como eu vi. Daí a convicção de que estava a agir correctamente", explicou.

Lucílio Baptista remeteu as revoltadas palavras de atletas, treinador e presidente do Sporting - incluindo "roubo" e "ladrão" -, para uma análise posterior, mais distanciada, escolhendo "outro caminho" do que o sugerido por Filipe Soares Franco, que exigiu um pedido de desculpa.

"O que me importa é que aconteceu um erro e temos que assumi-lo para que não volte a acontecer. Não vou por esse caminho. Vou pelo caminho de assumir o erro perante os adeptos do Sporting, do Benfica e os adeptos em geral. Há um erro no jogo que infelizmente teve influência no encontro", concluiu.

Sobre as críticas de um critério disciplinar demasiado brando, o árbitro o encontro contrariou essa ideia, revelando que a sua intenção foi "procurar privilegiar o espectáculo entre dois clubes históricos, num ambiente fantástico" para evitar paragens sistemáticas, congratulando-se com o facto de não haver registo de lesões no jogo.

Sábado, no Estádio Algarve, o Sporting inaugurou o marcador, aos 48 minutos, por intermédio de Pereirinha, mas sofreu o tento do empate aos 75, quando o espanhol Reyes converteu a polémica grande penalidade assinalada por Lucílio Baptista.
Depois de a partida ter terminado empatada a um golo, o Benfica conquistou a segunda edição da Taça da Liga no desempate por grandes penalidades (3-2), tal como tinha acontecido no ano passado, com o Vitória de Setúbal, após empate a zero, precisamente no mesmo local e frente ao Sporting.