FC Porto vence Naval (2-0) em jogo que podia ter dado goleada
Quando Cosme Machado apitou para o intervalo, Ulisses Morais, treinador da Naval, deve ter respirado de alívio. A equipa da Figueira da Foz perdia por 1-0. Pouco, pois poderia estar a sofrer uma goleada. Raramente se tinha visto esta temporada uma exibição tão conseguida pelo FC Porto nesta Liga. Daí que, uma das poucas semelhanças com a equipa que já perdeu 11 pontos no Dragão tenha sido apenas a falta de eficácia. Falhou Lucho. Desperdiçou Lisandro, Mariano e Rodríguez. Falhou também o árbitro ao não assinalar duas grandes penalidades a favor dos portistas. Só o lance de Mariano, aos 29’, deu alguma justiça ao resultado no primeiro tempo. O argentino recebeu uma bola na direita, deixou o lateral Daniel Cruz a dormir e realizou uma diagonal perfeita, que culminou com um remate forte à entrada da área. Peiser pouco ou nada podia fazer. Na segunda parte, Lucho fechou o resultado.
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Quando Cosme Machado apitou para o intervalo, Ulisses Morais, treinador da Naval, deve ter respirado de alívio. A equipa da Figueira da Foz perdia por 1-0. Pouco, pois poderia estar a sofrer uma goleada. Raramente se tinha visto esta temporada uma exibição tão conseguida pelo FC Porto nesta Liga. Daí que, uma das poucas semelhanças com a equipa que já perdeu 11 pontos no Dragão tenha sido apenas a falta de eficácia. Falhou Lucho. Desperdiçou Lisandro, Mariano e Rodríguez. Falhou também o árbitro ao não assinalar duas grandes penalidades a favor dos portistas. Só o lance de Mariano, aos 29’, deu alguma justiça ao resultado no primeiro tempo. O argentino recebeu uma bola na direita, deixou o lateral Daniel Cruz a dormir e realizou uma diagonal perfeita, que culminou com um remate forte à entrada da área. Peiser pouco ou nada podia fazer. Na segunda parte, Lucho fechou o resultado.
Mas a exibição dos portistas merecia mais. O trio no meio-campo esteve simplesmente perfeito. E à dupla Lucho-Raul Meireles juntou-se Andrés Madrid no lugar habitualmente ocupado por Fernando. E o argentino esteve sempre seguro, a recuperar as bolas e a distribuir jogo (embora tenha quebrado na segunda parte). O resultado foi uma equipa segura que soube sempre gerir o jogo e colocar em dificuldades a Naval. As movimentações ofensivas estiveram perto da perfeição, mesmo com Mariano no lugar de Hulk. Só pecou a finalização.
A má relação com a baliza por parte dos portistas começou a notar-se logo aos 2’, quando Cissokho tirou um cruzamento que nem Rodríguez, nem Mariano conseguiram colocar no fundo da baliza. A seguir, Cosme Machado e Paulão evitaram o que poderia ser o primeiro golo. O árbitro não assinalou uma aparente grande penalidade de Peiser sobre Lisandro, enquanto o central acabou por afastar a bola mesmo em cima da linha de golo.
Paulão voltou a destacar-se ao destruir, novamente (18’) sobre a linha de baliza, um lance em que Mariano e Rodríguez poderiam ter feito melhor. E a lista continuou. Mais uma vez com Cosme Machado a não assinalar uma nova aparente grande penalidade de Paulão sobre Lisandro. Preferiu punir o argentino com um cartão amarelo, que o coloca fora do próximo jogo.
No minuto seguinte (29’), finalmente o golo. Por Mariano. Mas nem assim a equipa portista afinou a pontaria. Se Peiser realizou uma grande defesa num remate de Lucho, já não se entende como o médio argentino desperdiçou uma jogada brilhante com um remate disparatado à entrada da pequena área. A tudo isto a Naval, respondeu apenas com um lance, aos 8’, em que Marcelinho chegou atrasado.
A segunda parte não trouxe nada de novo. O FC Porto continuou a jogar praticamente instalado no meio campo adversário e a criar e a falhar oportunidades de golo. O jogo só ficou verdadeiramente decidido quando estavam decorridos 69’, graças a uma assistência notável de Mariano e uma conclusão cheia de classe de Lucho. Um golo que descansou os adeptos portistas que, aos 57’, na segunda vez que a Naval chegou verdadeiramente à baliza de Helton, viram um cabeceamento de Paulão sair a poucos centímetros do poste.
A equipa de Jesualdo Ferreira teve uma exibição verdadeiramente notável. Praticamente não deu hipóteses à Naval, que poderia ter saído do Dragão com uma goleada. Não saiu, mas o FC Porto produziu futebol suficiente para justificar outros números. Destaque ainda para Mariano, que realizou, provavelmente, o melhor jogo desde que chegou a Portugal.
Paulão e Miguel ÂngeloNão foi só por desacerto dos avançados portistas que o resultado foi curto. Deveu-se também à exibição da dupla de centrais da Naval. Paulão conseguiu mesmo tirar duas bolas sobre a linha de golo.
NEGATIVODaniel Cruz
O lateral esquerdo da Naval não esteve nos seus melhores dias. Cometeu vários erros e o mais grave de todos resultou no golo de Mariano.
Finalização do FC Porto
O FC Porto conseguiu asfixiar o adversário, mas acertar no derradeiro remate revelou-se um verdadeiro martírio.
Ficha de jogo
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto. Assistência Cerca de 35.000 espectadores.
FC Porto
Helton 6; Sapunaru 6, Rolando 6, Bruno Alves 6, Cissokho 7; Madrid 6 (Tomás Costa 5, 60’), Raul Meireles 7, Lucho 7; Mariano 7, Lisandro Lopez 6 (Farías 6, 78’) e Cristian Rodríguez 7 (Sektioui 5, 78’).
NavalPeiser 6, Carlitos 5, Paulão 6, Diego Ângelo 6, Daniel Cruz 4 (Baradji 6, 46’), Bruno Lazarani 6, Godemeche 6, Hauw 5 (Dudu 5, 46’), Davide 5 (Bolívia 5, 72), Marcelinho 5 e Marinho 5.
ÁrbitroCosme Machado 4, de Braga.
AmareloLisandro (29’).
Golos1-0, por Mariano, aos 30’; 2-0, por Lucho, aos 68’.
actualizada às 22h50