PS: Edmundo Pedro entra na Comissão Política e André Figueiredo sobe ao Secretariado
A Comissão Nacional do PS, órgão máximo dos socialistas entre congressos, reúne-se esta manhã, pela primeira vez depois do congresso de Espinho, para eleger a nova Comissão Política dos socialistas.
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A Comissão Nacional do PS, órgão máximo dos socialistas entre congressos, reúne-se esta manhã, pela primeira vez depois do congresso de Espinho, para eleger a nova Comissão Política dos socialistas.
Logo a seguir a esta eleição, a nova Comissão Política reúne-se para, por sua vez, eleger o Secretariado Nacional do PS.
Entre os 65 efectivos da lista única que será apresentada para a Comissão Política Nacional do PS, constam sete membros afectos à linha do presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Fonseca Ferreira, um dos quais Edmundo Pedro.
Edmundo Pedro causou polémica recentemente ao apontar a existência de um "clima de medo" no PS, mas, na semana passada, durante o congresso de Espinho, corrigiu essas afirmações e disse que a expressão se aplicava à sociedade portuguesa em geral e não ao seu partido.
No Secretariado Nacional do PS, o órgão de direcção restrita dos socialistas, a única promoção é a de André Figueiredo para secretário nacional adjunto, mantendo-se todos os membros eleitos no congresso de Espinho.
André Figueiredo tem desempenhado as funções de chefe de gabinete de José Sócrates no PS, deputado municipal em Seia e vice-presidente da federação do PS/Guarda.
Ao contrário do que estava previsto, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, não abandonará o Secretariado Nacional do PS por atingir o limite de mandatos imposto pelos estatutos do partido.
Segundo uma fonte da direcção, os artigos do PS referentes ao limite de mandatos foram vistos "à lupa" e concluiu-se que António Costa ainda poderá fazer mais um mandato no Secretariado Nacional.
Independentemente da interpretação que a direcção do PS faz agora dos seus estatutos, certo é que António Costa é membro do Secretariado Nacional do PS desde 1994, altura em que António Guterres fez o segundo mandato como líder do partido.
No Secretariado Nacional do PS também não entrará nenhuma mulher para cumprir a lei das quotas (um terço de cada género), já que os socialistas retomam uma orgânica interna que adoptaram em 2004, fazendo neste órgão uma divisão entre secretários nacionais efectivos e adjuntos.
Assim, num total de 11 elementos efectivos, continuarão a existir apenas três mulheres: Ana Paula Vitorino, Idália Moniz e Edite Estrela.
Mantém-se como efectivos do Secretariado Nacional, além dos três nomes anteriores, António Costa, Pedro Silva Pereira, Luís Amado, Vieira da Silva, José Lello, Carlos Lage, Marcos Perestrello e Augusto Santos Silva.
São secretários nacionais adjuntos Fernando Serrasqueiro, Miranda Calha, Ascenso Simões, Vitalino Canas (porta-voz do partido) e agora André Figueiredo.
Hoje, nas votações para o Secretariado e para a Comissão Política Nacional do PS, os socialistas usarão pela primeira vez um sistema de voto electrónico.