Obama prorrogou sanções norte-americanas ao Zimbabwe

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O novo primeiro-ministro, Tsvangirai, no primeiro discurso ao Parlamento Philimon Bulawayo/Reuters

"As acções e as políticas de certos elementos do Governo do Zimbabwe e de outras pessoas para subverter os processos democráticos ou as instituições constituem uma ameaça contínua e extraordinária para a política externa dos Estados Unidos", sublinhou Obama.

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"As acções e as políticas de certos elementos do Governo do Zimbabwe e de outras pessoas para subverter os processos democráticos ou as instituições constituem uma ameaça contínua e extraordinária para a política externa dos Estados Unidos", sublinhou Obama.

Pouco antes, o novo primeiro-ministro zimbabweano, Morgan Tsvangirai, líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), no seu primeiro discurso perante o Parlamento, em Harare, pedira aos países ocidentais que levantassem as sanções.

Devem reconhecer o progresso feito com a formação de um Governo de Unidade Nacional, entre o MDC e a ZANU-Frente Patriótica, do Presidente Robert Gabriel Mugabe, argumentou Tsvangirai. Mas mesmo assim a Casa Branca não viu motivos para acabar com as sanções determinadas em 2003 e que proíbem mais de 250 indivíduos e empresas do Zimbabwe de comerciar com os Estados Unidos.

A União Europeia também já decidiu continuar com as sanções a Harare até que a partilha do poder entre Mugabe e o partido de Tsvangirai se revele algo de muito concreto e não apenas uma forma disfarçada de o Presidente se perpetuar no poder, que ocupa desde que foi proclamada a independência do Zimbabwe, em Abril de 1980.

A antiga Rodésia continua perfeitamente estagnada no campo económico, com um desemprego no sector formal acima dos 90 por cento, com uma profunda escassez de alimentos e até mesmo com uma epidemia de cólera que de há sete meses para cá já matou cerca de 4000 pessoas.

Os investidores estrangeiros dizem estar à espera de assistir a profundas reformas no país antes de para lá canalizarem o seu dinheiro.