Exposição comemorativa de Charles Darwin na Gulbenkian recebeu dez mil visitantes numa semana
Em comunicado, a Gulbenkian refere que devido à grande afluência de público decidiu alargar o horário à quinta-feira e ao sábado, dias em que a exposição estará aberta até às 21h00.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Em comunicado, a Gulbenkian refere que devido à grande afluência de público decidiu alargar o horário à quinta-feira e ao sábado, dias em que a exposição estará aberta até às 21h00.
No ano em que se comemoram os 200 anos do nascimento de Darwin e os 150 da publicação da sua obra mais importante, "A origem das espécies", a exposição, comissariada pelo biólogo José Feijó, apresenta detalhadamente a vida e obra do célebre naturalista. Intitulada "A Evolução de Darwin", a mostra ocupa mil metros quadrados e tem várias peças que se destacam aos olhos do visitante.
Uma é a reconstituição da figura de Darwin em tamanho natural, a observar um escaravelho na mão esquerda, feita a partir de registos fotográficos. Foi expressamente encomendada para a exposição à equipa de Elisabeth Daynès, já responsável por algumas das reconstituições antropomórficas mais famosas do mundo.
Outro destaque que "enche de orgulho" José Feijó é uma réplica - feita nas Oficinas do Museu de Marinha - do "Beagle", o navio em que Darwin embarcou para a sua viagem de exploração do Atlântico Sul (1831-1836), então com apenas 22 anos.
Além desta réplica, que demorou dois anos a fazer e que José Feijó considera a melhor alguma vez construída para um museu, haverá também uma reconstrução da exígua cabina que Darwin ocupava, feita igualmente nas Oficinas do Museu de Marinha.
Numa galeria anexa ao recinto da exposição, construída expressamente para o efeito do lado do jardim da Gulbenkian, estão animais vivos de espécies que Darwin observou, incluindo tartarugas, uma jibóia, suricatas e lagartos-dragão.
Paralelamente à exposição, que ficará patente até 24 de Maio, decorre na Gulbenkian um ciclo de oito conferências com oradores especialistas em Darwin e no evolucionismo.
A próxima conferência realiza-se a 25 de Fevereiro com o tema "Os anos de Cambridge: o legado de Henslow e a herança de Darwin", tendo como orador John Parker, da Universidade de Cambridge.