Musgo

Apesar de já contar com alguns anos de actividade, o duo lisboeta Eduardo Vinhas e Rodrigo Alfacinha, ou seja os Musgo, só agora lança o álbum de estreia. "Apneia" é um disco de electrónicas abstractas, algumas vezes procurando uma veia mais experimental, outras desenhando um espaço de fantasia, comunicante e afectuoso. Ao longo de seis faixas instrumentais ouvimos ruídos digitais, partículas orgânicas, sons minúsculos capazes de criar horizontes evocativos, como se tacteassem, no presente, um futuro possível. Há pontos de contacto com outros estetas das electrónicas (Fennesz, Opiate, Alva Noto), mas existe, acima de tudo, capacidade para fomentar panoramas sonhadores. A manipulação de fontes sonoras - digitais e analógicas - é feita de maneira minimal, há erros de percurso transformados em descobertas, texturas delicadas que parecem afagar a realidade à volta. Cada tema parece comportar apenas sons fundamentais, numa misteriosa simplicidade onde a abstracção vai sendo construída com camadas de som que modelam ambientes expressivos - oiça-se, por exemplo, o óptimo "Constelações".

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Apesar de já contar com alguns anos de actividade, o duo lisboeta Eduardo Vinhas e Rodrigo Alfacinha, ou seja os Musgo, só agora lança o álbum de estreia. "Apneia" é um disco de electrónicas abstractas, algumas vezes procurando uma veia mais experimental, outras desenhando um espaço de fantasia, comunicante e afectuoso. Ao longo de seis faixas instrumentais ouvimos ruídos digitais, partículas orgânicas, sons minúsculos capazes de criar horizontes evocativos, como se tacteassem, no presente, um futuro possível. Há pontos de contacto com outros estetas das electrónicas (Fennesz, Opiate, Alva Noto), mas existe, acima de tudo, capacidade para fomentar panoramas sonhadores. A manipulação de fontes sonoras - digitais e analógicas - é feita de maneira minimal, há erros de percurso transformados em descobertas, texturas delicadas que parecem afagar a realidade à volta. Cada tema parece comportar apenas sons fundamentais, numa misteriosa simplicidade onde a abstracção vai sendo construída com camadas de som que modelam ambientes expressivos - oiça-se, por exemplo, o óptimo "Constelações".