Comissão Europeia assegura existirem condições para abastecimento imediato de gás
"As condições foram definidas. Não há desculpa para que não exista gás nos gasodutos", afirmou o porta-voz para a área da Energia, Ferrán Tarradellas, numa conferência de imprensa, na qual acrescentou que os observadores europeus começam a chegar hoje à Ucrânia e à Rússia para verificar o fornecimento do combustível.
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"As condições foram definidas. Não há desculpa para que não exista gás nos gasodutos", afirmou o porta-voz para a área da Energia, Ferrán Tarradellas, numa conferência de imprensa, na qual acrescentou que os observadores europeus começam a chegar hoje à Ucrânia e à Rússia para verificar o fornecimento do combustível.
A missão de observação vai integrar membros russos, na Ucrânia, e ucranianos, em território russo, segundo acordaram hoje o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, e o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, indicou uma porta-voz comunitária, Pia Ahrenkilde.
Putin "prometeu que desde que os observadores estejam mobilizados na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia poderão ser retomados os abastecimentos ", acrescentou a mesma responsável.
Apesar do acordo, Ferrán Tarradellas reconheceu que "não existe um compromisso formal sobre quando será retomado o fluxo" do combustível, acreditando porém, e uma vez que as condições de supervisão estão já definidas, que o abastecimento "seja retomado de imediato".
O representante da Comissão alertou, no entanto, que a Rússia poderá necessitar de "pelo menos três dias" para reiniciar o fornecimento do gás para os consumidores europeus, devido a motivos técnicos e às grandes distâncias geográficas.
O primeiro grupo de observadores independentes europeus terá chegado à Ucrânia às 12h00 (mesma hora em Lisboa), estando previsto que o segundo grupo de observadores, que irá hoje reunir-se em Berlim para definir tarefas, parta para os territórios ucraniano e russo dentro das próximas horas.
No total, a União Europeia (UE) vai enviar 18 especialistas de empresas de gás e de operadores de redes e quatro funcionários da Comissão Europeia, que serão responsáveis pela coordenação da missão.
Os observadores vão controlar o volume de gás fornecido pela Rússia para a Ucrânia e verificar o trânsito do combustível para o mercado comunitário.
A Rússia suspendeu a 1 de Janeiro o fornecimento de gás à Ucrânia devido à falta de acordo quanto ao preço a cobrar em 2009 e a dívidas existentes.
Quarenta por cento do gás consumido pela Europa é fornecido pela Rússia.
Quase todo esse gás, cerca de 80 por cento, é enviado para a Europa através dos gasodutos que atravessam o território ucraniano.
A suspensão das entregas de gás provocou sérias perturbações na Europa, que tem sido afectada nos últimos dias por uma vaga de frio polar.