Junta de Campanhã exige reabilitação imediata de casas que desabaram há seis anos

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A derrocada aconteceu em 2002 Paulo Ricca (arquivo)

“As pessoas não podem viver uma eternidade fora das suas casas. Alguém tem que solucionar isto”, disse o presidente da junta, o socialista Fernando Amaral, que falava à Lusa à margem de uma visita ao local. Parte das famílias estão alojadas em pensões.

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“As pessoas não podem viver uma eternidade fora das suas casas. Alguém tem que solucionar isto”, disse o presidente da junta, o socialista Fernando Amaral, que falava à Lusa à margem de uma visita ao local. Parte das famílias estão alojadas em pensões.

Em 2002, altura da derrocada das habitações, que levaram inclusive à ocupação de parte da tavessa por traves de escoramento, subsistiam dúvidas sobre a origem do problema.

Contudo, técnicos da Universidade de Aveiro e de uma empresa privada vieram a concluir que o problema resultou de obras do metro, que taparam o escoamento de águas pluviais, provocando as derrocadas. A empresa do metro assumiu o realojamento temporário dos afectados, mas ainda não reparou as casas.

Desalojados estão em hotéis

Mais do que encontrar culpados, o que o presidente da Junta de Campanhã quer é que as entidades, com responsabilidades directas ou indirectas no sucedido, se reúnam e acordem uma forma de resolver rapidamente o problema.

No grupo destas entidades, o autarca inclui, além da empresa de metro, a Refer-Rede Ferroviária Nacional e a empresa municipal Águas do Porto.

“Este já vai ser o sexto Natal que aquelas famílias vão passar fora das suas casas. Não queremos que haja um sétimo Natal nas mesmas condições”, sustentou o presidente da maior freguesia do Porto.

A 9 de Novembro, o eleito do PCP na Câmara do Porto, Rui Sá, visitou o local e considerou “escandaloso” que as casas continuem por reparar, enquanto os desalojados continuam a viver em hotéis, a expensas da empresa do metro, de capitais públicos.