Tim Burton: Uma retrospectiva para um realizador sensível
Fazer uma retrospectiva de Tim Burton, 50 anos, não é exactamente uma ideia peregrina, face ao culto - crítico e popular - que é prestado ao realizador em Portugal (e não só). Mas é verdade que num Estoril Film Festival marcado pelo debate sobre o estado da crítica faz todo o sentido olhar para a obra de Burton, um dos poucos cineastas americanos actuais reconhecidos pela crítica mundial como um "autor" cinematográfico, de acordo com a classificação da "política dos autores" da geração de críticos franceses da revista Cahiers du Cinéma.
Tim Burton tem um estilo, uma temática, uma sensibilidade recorrentes ao longo de toda uma obra, tão imediatamente reconhecível que até se inventou o adjectivo "burtoniano".
O realizador Michael Lehmann disse à revista Première em 1994 achar espantoso que "Tim, com a sua sensibilidade, tenha tido tanto sucesso em Hollywood, porque podia perfeitamente ter acabado como Ed Wood" - o "pior realizador de sempre", a quem Burton prestou uma homenagem sentida num dos seus filmes-chave. Faz sentido: a sensibilidade distorcida e lateral do realizador, o seu humor macabro, destoam de tal maneira na linha de montagem hollywoodiana que a sua própria sobrevivência no impiedoso universo dos estúdios (e nunca Burton trabalhou no circuito independente...) tem o seu quê de inexplicável.
O problema é que essa "marca registada" corre o risco de se tornar numa prisão para o próprio realizador - cujo cinema parece ter entrado em piloto automático a seguir a O Grande Peixe (2003), portentoso melodrama da maturidade que trocou as voltas aos observadores e se tornou num dos objectos menos unânimes da carreira do realizador. Ao contrário da aclamação que, por exemplo, o mais "convencional" Sweeney Todd (2007), adaptado do musical de Stephen Sondheim, conseguiu. Como quem diz: a gente gosta mais de ti quando tu és esquisito.
A trilogia dos inadaptados
A Noiva Cadáver (2005), o primeiro filme apresentado na retrospectiva que começa hoje mas se concentra na próxima sexta e no sábado, é, a par de Charlie e a Fábrica de Chocolate (2005) e de Sweeney Todd, um bom exemplo de "Burton a fazer aquilo que se espera dele": contos de fadas distorcidos centrados em personagens desenquadradas do seu universo e que buscam a felicidade dê lá por onde der. Apesar de abordarem temas mais adultos (a paternidade, a família, a responsabilidade, o dever), há uma sensação de déjà-vu neste grupo de filmes que procuram encontrar novas maneiras de trabalhar o imaginário típico do realizador. As silhuetas do expressionismo europeu (A Noiva Cadáver baseia-se numa lenda da Europa de Leste), o romantismo gótico (a tragédia sanguinolenta de Sweeney Todd nasce de uma vingança de amor), a fantasia infantil como algo ao mesmo tempo reconfortante e surreal (a sua leitura do romance juvenil de Roald Dahl Charlie e a Fábrica de Chocolate é significativamente menos edulcorada e mais bizarra do que a anterior adaptação hollywoodiana com Gene Wilder).
Muito desse imaginário estava já presente nas suas primeiras obras - o lado mais expressionista nas curtas Frankenweenie (1984) e Vincent (1982), produzidas durante a sua estadia como animador da Disney, o lado mais fantasioso e fluorescente nas longas Pee-Wee's Big Adventure (1985) e Beetlejuice - Os Fantasmas Divertem-se (1988), que constituem a fundação do seu estilo e são os seus filmes menos vistos e menos referenciados. Burton foi contratado para o primeiro pelo actor principal, Paul Reubens, que criara a personagem de um homem-criança na série televisiva infantil que lhe deu origem e identificou em Frankenweenie a sensibilidade necessária para o filme resultar. E o realizador sentiu-se atraído pelo guião da comédia sobrenatural de Beetlejuice, paródia aos filmes de assombrações onde, por uma vez, são os humanos que "assombram" os fantasmas.
O humor deslocado, a aceitação da diferença, o romantismo empedernido, a fantasia estilizada cristalizaram-se na "trilogia dos inadaptados" que definiu o "tom Burton" para o futuro: nas palavras do próprio, "não faz mal ser diferente, não faz mal fazer asneira, não faz mal ser infeliz". Primeiro, Eduardo Mãos de Tesoura (1990), conto de fadas infinitamente triste sobre um boneco deixado incompleto pelo seu inventor e que descobre que, por mais que tente, nunca fará parte do mundo dos humanos, êxito comercial e filme de culto para toda uma geração. Depois, O Estranho Mundo de Jack (1993), fantasia animada sobre a usurpação do Natal por um rei do Halloween bem intencionado, projecto concebido durante a sua estadia na Disney mas que só anos mais tarde o estúdio assumiria. Finalmente, Ed Wood (1994), a biografia do "pior realizador de sempre", rodada num glorioso preto e branco expressionista como uma espécie de homenagem aos heróis quotidianos que batalham para concretizar os seus sonhos, e que é de certa maneira o filme-chave da obra de Burton: a história de um artista que nunca abandonou a sua coerência nem perdeu de vista a sua fé nos seus próprios talentos, independentemente do que os outros possam achar.
A política dos autores
É um tema mais caro a Burton do que possa parecer, sobretudo face à sua relação com os estúdios, iniciada sob o signo da desilusão enquanto animador da Disney numa altura em que o estúdio estava em decadência, prolongada ao longo de guerras mais ou menos surdas com os vários estúdios com que foi trabalhando. A Disney permitiu-lhe fazer Frankenweenie, mas nunca o exibiu publicamente por considerá-lo demasiado perturbante. O sucesso de Beetlejuice levou a Warner a colocar-lhe nas mãos o bebé Batman (1989), do qual Burton se saiu a contento mas cuja segunda aventura, Batman Regressa (1992), filme de autor disfarçado de blockbuster, levaria o estúdio e o realizador a separarem-se. A Columbia (que, anos mais tarde, daria carta branca a O Grande Peixe) saltou fora de Ed Wood quando o cineasta insistiu em rodar a preto e branco. E a rodagem atribulada do remake de Planeta dos Macacos (2001, encomenda anónima e impessoal onde a marca de Burton apenas a espaços se sente) foi feita à pressão, na sequência de uma data de estreia pré-marcada pela Fox e por um guião que se manteve em fluxo até ao final da rodagem.
É difícil não ver na irrisão selvagem de Marte Ataca! (1996), comédia absurda que destrói com evidente gozo a mecânica do filme-catástrofe e o seu único verdadeiro fracasso de bilheteira, uma espécie de exorcismo da maior parte destas relações conflituosas, sobretudo na sequência das críticas a que o tom escuríssimo de Batman Regressa (contraponto da "trilogia dos inadaptados") o expuseram e do insucesso comercial do "labour of love" Ed Wood.
Como quem confirma a "política dos autores", contudo, a maior ironia está em que algumas das "encomendas" de Burton correspondem a alguns dos seus filmes mais pessoais. Estamos a pensar não apenas nos dois Batman como, sobretudo, em A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (1999), trazido pelo produtor Scott Rudin, onde a releitura do conto de Washington Irving permitiu uma "súmula" do seu estilo, "tudo o que você precisava de saber sobre Tim Burton sem tem de ver a obra completa", passando até pela presença do alter ego Johnny Depp (actor principal em seis filmes do realizador) no papel principal e do cúmplice de sempre, o compositor Danny Elfman, na autoria da banda sonora. E, mais ironicamente ainda, contam-se pelos dedos os filmes em que o próprio Burton esteve na origem do projecto: Ed Wood deveria ser realizado por Michael Lehmann, Planeta dos Macacos foi-lhe trazido pelo produtor Richard D. Zanuck, O Grande Peixe, Charlie e a Fábrica de Chocolate e Sweeney Todd são todos adaptados de obras (livros ou peças) pré-existentes.
Burton nem sequer conhecia o romance de Daniel Wallace que dera origem a O Grande Peixe antes de receber o guião acabado e fez dele um dos seus filmes mais pessoais, sobre um filho que procura decifrar o que havia de verdade e de mentira no passado do pai moribundo. Exorcismo da sua relação inexistente com os pais que parecia anunciar uma nova maturidade no exacto momento em que Burton se tornava ele próprio pai, a peculiar sinceridade transfigurada de O Grande Peixe dividiu as águas entre os apreciadores do cineasta. Os três filmes que vieram a seguir prosseguiram de algum modo essa abordagem à maturidade - A Noiva Cadáver é sobre o casamento, Charlie e a Fábrica de Chocolate e Sweeney Todd abordam a paternidade e a família -, mas agora sob o prisma do universo tradicional de Burton. A seguir, virá a sua muito aguardada leitura de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, feita em combinação de imagem real e animação de computador para a Disney, no regresso ao estúdio que o viu nascer como cineasta. Faz crescer água na boca, não faz?
Estoril Film Festival 08
Retrospectiva Tim Burton
Centro de Congressos do Estoril: hoje, às 10h30, A Noiva Cadáver. Quarta, 19, às 17h, Pee-Wee's Big Adventure. Sábado, 22: às 10h30, Charlie e a Fábrica de Chocolate; às 14h30, Sweeney Todd.
Casino Estoril: terça, 18, às 18h, Beetlejuice - Os Fantasmas Divertem-se. Quarta, 19, às 15h, Eduardo Mãos de Tesoura. Quinta, 20: às 15h, Marte Ataca!; às 00h30, Ed Wood. Sexta, 21: às 11h30, Batman; às 14h30, Batman Regressa; às 17h, O Grande Peixe; às 19h30, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça. Sábado, 22: às 12h, Frankenweenie, Vincent e O Estranho Mundo de Jack; às 14h30, Planeta dos Macacos.
Bilhetes a 3 eur nas bilheteiras das salas
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Fazer uma retrospectiva de Tim Burton, 50 anos, não é exactamente uma ideia peregrina, face ao culto - crítico e popular - que é prestado ao realizador em Portugal (e não só). Mas é verdade que num Estoril Film Festival marcado pelo debate sobre o estado da crítica faz todo o sentido olhar para a obra de Burton, um dos poucos cineastas americanos actuais reconhecidos pela crítica mundial como um "autor" cinematográfico, de acordo com a classificação da "política dos autores" da geração de críticos franceses da revista Cahiers du Cinéma.
Tim Burton tem um estilo, uma temática, uma sensibilidade recorrentes ao longo de toda uma obra, tão imediatamente reconhecível que até se inventou o adjectivo "burtoniano".
O realizador Michael Lehmann disse à revista Première em 1994 achar espantoso que "Tim, com a sua sensibilidade, tenha tido tanto sucesso em Hollywood, porque podia perfeitamente ter acabado como Ed Wood" - o "pior realizador de sempre", a quem Burton prestou uma homenagem sentida num dos seus filmes-chave. Faz sentido: a sensibilidade distorcida e lateral do realizador, o seu humor macabro, destoam de tal maneira na linha de montagem hollywoodiana que a sua própria sobrevivência no impiedoso universo dos estúdios (e nunca Burton trabalhou no circuito independente...) tem o seu quê de inexplicável.
O problema é que essa "marca registada" corre o risco de se tornar numa prisão para o próprio realizador - cujo cinema parece ter entrado em piloto automático a seguir a O Grande Peixe (2003), portentoso melodrama da maturidade que trocou as voltas aos observadores e se tornou num dos objectos menos unânimes da carreira do realizador. Ao contrário da aclamação que, por exemplo, o mais "convencional" Sweeney Todd (2007), adaptado do musical de Stephen Sondheim, conseguiu. Como quem diz: a gente gosta mais de ti quando tu és esquisito.
A trilogia dos inadaptados
A Noiva Cadáver (2005), o primeiro filme apresentado na retrospectiva que começa hoje mas se concentra na próxima sexta e no sábado, é, a par de Charlie e a Fábrica de Chocolate (2005) e de Sweeney Todd, um bom exemplo de "Burton a fazer aquilo que se espera dele": contos de fadas distorcidos centrados em personagens desenquadradas do seu universo e que buscam a felicidade dê lá por onde der. Apesar de abordarem temas mais adultos (a paternidade, a família, a responsabilidade, o dever), há uma sensação de déjà-vu neste grupo de filmes que procuram encontrar novas maneiras de trabalhar o imaginário típico do realizador. As silhuetas do expressionismo europeu (A Noiva Cadáver baseia-se numa lenda da Europa de Leste), o romantismo gótico (a tragédia sanguinolenta de Sweeney Todd nasce de uma vingança de amor), a fantasia infantil como algo ao mesmo tempo reconfortante e surreal (a sua leitura do romance juvenil de Roald Dahl Charlie e a Fábrica de Chocolate é significativamente menos edulcorada e mais bizarra do que a anterior adaptação hollywoodiana com Gene Wilder).
Muito desse imaginário estava já presente nas suas primeiras obras - o lado mais expressionista nas curtas Frankenweenie (1984) e Vincent (1982), produzidas durante a sua estadia como animador da Disney, o lado mais fantasioso e fluorescente nas longas Pee-Wee's Big Adventure (1985) e Beetlejuice - Os Fantasmas Divertem-se (1988), que constituem a fundação do seu estilo e são os seus filmes menos vistos e menos referenciados. Burton foi contratado para o primeiro pelo actor principal, Paul Reubens, que criara a personagem de um homem-criança na série televisiva infantil que lhe deu origem e identificou em Frankenweenie a sensibilidade necessária para o filme resultar. E o realizador sentiu-se atraído pelo guião da comédia sobrenatural de Beetlejuice, paródia aos filmes de assombrações onde, por uma vez, são os humanos que "assombram" os fantasmas.
O humor deslocado, a aceitação da diferença, o romantismo empedernido, a fantasia estilizada cristalizaram-se na "trilogia dos inadaptados" que definiu o "tom Burton" para o futuro: nas palavras do próprio, "não faz mal ser diferente, não faz mal fazer asneira, não faz mal ser infeliz". Primeiro, Eduardo Mãos de Tesoura (1990), conto de fadas infinitamente triste sobre um boneco deixado incompleto pelo seu inventor e que descobre que, por mais que tente, nunca fará parte do mundo dos humanos, êxito comercial e filme de culto para toda uma geração. Depois, O Estranho Mundo de Jack (1993), fantasia animada sobre a usurpação do Natal por um rei do Halloween bem intencionado, projecto concebido durante a sua estadia na Disney mas que só anos mais tarde o estúdio assumiria. Finalmente, Ed Wood (1994), a biografia do "pior realizador de sempre", rodada num glorioso preto e branco expressionista como uma espécie de homenagem aos heróis quotidianos que batalham para concretizar os seus sonhos, e que é de certa maneira o filme-chave da obra de Burton: a história de um artista que nunca abandonou a sua coerência nem perdeu de vista a sua fé nos seus próprios talentos, independentemente do que os outros possam achar.
A política dos autores
É um tema mais caro a Burton do que possa parecer, sobretudo face à sua relação com os estúdios, iniciada sob o signo da desilusão enquanto animador da Disney numa altura em que o estúdio estava em decadência, prolongada ao longo de guerras mais ou menos surdas com os vários estúdios com que foi trabalhando. A Disney permitiu-lhe fazer Frankenweenie, mas nunca o exibiu publicamente por considerá-lo demasiado perturbante. O sucesso de Beetlejuice levou a Warner a colocar-lhe nas mãos o bebé Batman (1989), do qual Burton se saiu a contento mas cuja segunda aventura, Batman Regressa (1992), filme de autor disfarçado de blockbuster, levaria o estúdio e o realizador a separarem-se. A Columbia (que, anos mais tarde, daria carta branca a O Grande Peixe) saltou fora de Ed Wood quando o cineasta insistiu em rodar a preto e branco. E a rodagem atribulada do remake de Planeta dos Macacos (2001, encomenda anónima e impessoal onde a marca de Burton apenas a espaços se sente) foi feita à pressão, na sequência de uma data de estreia pré-marcada pela Fox e por um guião que se manteve em fluxo até ao final da rodagem.
É difícil não ver na irrisão selvagem de Marte Ataca! (1996), comédia absurda que destrói com evidente gozo a mecânica do filme-catástrofe e o seu único verdadeiro fracasso de bilheteira, uma espécie de exorcismo da maior parte destas relações conflituosas, sobretudo na sequência das críticas a que o tom escuríssimo de Batman Regressa (contraponto da "trilogia dos inadaptados") o expuseram e do insucesso comercial do "labour of love" Ed Wood.
Como quem confirma a "política dos autores", contudo, a maior ironia está em que algumas das "encomendas" de Burton correspondem a alguns dos seus filmes mais pessoais. Estamos a pensar não apenas nos dois Batman como, sobretudo, em A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (1999), trazido pelo produtor Scott Rudin, onde a releitura do conto de Washington Irving permitiu uma "súmula" do seu estilo, "tudo o que você precisava de saber sobre Tim Burton sem tem de ver a obra completa", passando até pela presença do alter ego Johnny Depp (actor principal em seis filmes do realizador) no papel principal e do cúmplice de sempre, o compositor Danny Elfman, na autoria da banda sonora. E, mais ironicamente ainda, contam-se pelos dedos os filmes em que o próprio Burton esteve na origem do projecto: Ed Wood deveria ser realizado por Michael Lehmann, Planeta dos Macacos foi-lhe trazido pelo produtor Richard D. Zanuck, O Grande Peixe, Charlie e a Fábrica de Chocolate e Sweeney Todd são todos adaptados de obras (livros ou peças) pré-existentes.
Burton nem sequer conhecia o romance de Daniel Wallace que dera origem a O Grande Peixe antes de receber o guião acabado e fez dele um dos seus filmes mais pessoais, sobre um filho que procura decifrar o que havia de verdade e de mentira no passado do pai moribundo. Exorcismo da sua relação inexistente com os pais que parecia anunciar uma nova maturidade no exacto momento em que Burton se tornava ele próprio pai, a peculiar sinceridade transfigurada de O Grande Peixe dividiu as águas entre os apreciadores do cineasta. Os três filmes que vieram a seguir prosseguiram de algum modo essa abordagem à maturidade - A Noiva Cadáver é sobre o casamento, Charlie e a Fábrica de Chocolate e Sweeney Todd abordam a paternidade e a família -, mas agora sob o prisma do universo tradicional de Burton. A seguir, virá a sua muito aguardada leitura de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, feita em combinação de imagem real e animação de computador para a Disney, no regresso ao estúdio que o viu nascer como cineasta. Faz crescer água na boca, não faz?
Estoril Film Festival 08
Retrospectiva Tim Burton
Centro de Congressos do Estoril: hoje, às 10h30, A Noiva Cadáver. Quarta, 19, às 17h, Pee-Wee's Big Adventure. Sábado, 22: às 10h30, Charlie e a Fábrica de Chocolate; às 14h30, Sweeney Todd.
Casino Estoril: terça, 18, às 18h, Beetlejuice - Os Fantasmas Divertem-se. Quarta, 19, às 15h, Eduardo Mãos de Tesoura. Quinta, 20: às 15h, Marte Ataca!; às 00h30, Ed Wood. Sexta, 21: às 11h30, Batman; às 14h30, Batman Regressa; às 17h, O Grande Peixe; às 19h30, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça. Sábado, 22: às 12h, Frankenweenie, Vincent e O Estranho Mundo de Jack; às 14h30, Planeta dos Macacos.
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