Sub-21 renascem frente à Espanha com goleada que saiu da cabeça de Orlando Sá

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Equipa de Rui Caçador assegurou cedo uma goleada sobre a Espanha Paulo Pimenta (arquivo)

Numa partida de preparação e de muitas estreias em ambas as equipas, a selecção lusa jogou com cabeça e para a cabeça de Orlando Sá. O avançado de 20 anos – “tapado” no Sp. Braga por estrangeiros como Rentería e Linz (em três convocatórias para a Liga, nunca saiu do banco) –, cabeceou três vezes para o golo, selando com um hat-trick uma exibição de eficácia e de esplendor atacante que só pode moralizar as hostes descrentes na viabilidade dos pontas-de-lança portugueses. E há que contar ainda com Rui Fonte, estreante que o Sporting emprestou ao Arsenal, de Londres, que abriu o caminho para o robusto triunfo obtido no Municipal do Cartaxo.

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Numa partida de preparação e de muitas estreias em ambas as equipas, a selecção lusa jogou com cabeça e para a cabeça de Orlando Sá. O avançado de 20 anos – “tapado” no Sp. Braga por estrangeiros como Rentería e Linz (em três convocatórias para a Liga, nunca saiu do banco) –, cabeceou três vezes para o golo, selando com um hat-trick uma exibição de eficácia e de esplendor atacante que só pode moralizar as hostes descrentes na viabilidade dos pontas-de-lança portugueses. E há que contar ainda com Rui Fonte, estreante que o Sporting emprestou ao Arsenal, de Londres, que abriu o caminho para o robusto triunfo obtido no Municipal do Cartaxo.

Frente a uma formação espanhola com pergaminhos, que está apurada para o Europeu de 2009 (objectivo que Portugal não atingiu), que é tributária de dois títulos europeus (sub-17, em 2008, e sub-19, em 2007), revelou-se uma nova geração de futebolistas portugueses, nascidos em 1988 ou mais tarde. Jovens que ainda andavam de fraldas quando a primeira fornada da geração de ouro do futebol português se revelou no Mundial de 89 na Arábia Saudita – e que ontem deu uma valente sacudidela no passado recente das jovens selecções que têm vivido à míngua de resultados.

Depois do festival de ineficácia atacante no anterior confronto com a Ucrânia (derrota por 1-0, quando podia ter sido outra goleada), veio a bonança, com Pereirinha (duas assistências), Yazalde e João Gonçalves a ajudarem à festa.

Caçador pôde experimentar, trocou o sistema de quatro defesas (que apenas sofreu golo de penálti) por três centrais, fez trocas a meio-campo e na frente, sem comprometer o êxito. Aliás, alargou-o. Sem entrar em euforias – até porque esta selecção sub-21 da Espanha alinhou com seis estreantes –, o seleccionador português, Rui Caçador, pode dar-se por feliz. As esperanças portuguesas ressuscitaram. As responsabilidades para o futuro (Europeu 2011) também.

Ficha do encontro

Jogo no Estádio Municipal do Cartaxo.


Assistência cerca de 2000 espectadores


Portugal

R.Patrício (Ventura, 46’); J. Gonçalves (Bura, 58’), D. Carriço, M. Vítor (A. Pinto, 46’), Ruben Lima; Candeias (J. Aurélio, 75’), Castro (J. Martins, 65’), Stélvio, Pereirinha; O. Sá, Rui Fonte (Yazalde, 46’)

Espanha

Asenjo; Azpilicueta, Balenziaga (Canella, 57’), Domínguez, Echaide (Javi Martinez, 46’); Camacho, Busquets, Parejo (Raúl, 83’), Fran Mérida (Jordi Alba, 83’); Aarón, Adrián López (Bueno, 69’)

Árbitro

Hugo Miguel, de Lisboa.

Amarelos

Miguel Vítor (22’), Orlando Sá (88’)

Golos

1-0, por Rui Fonte, aos 21’; 1-1, por Parejo (g.p.), aos 23’; 2-1, por Orlando Sá, aos 37’; 3-1, por Orlando Sá, aos 43’; 4-1, por Orlando Sá, aos 55’