Ucrânia: Primeira-ministra recusa-se a financiar eleições antecipadas
Antigos aliados na coligação de 2004, que ficou conhecida como a revolução laranja, de cariz pró-ocidental, Iushchenko acusa agora a primeira-ministra de ter levado, com a sua ambição, ao colapso da coligação.
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Antigos aliados na coligação de 2004, que ficou conhecida como a revolução laranja, de cariz pró-ocidental, Iushchenko acusa agora a primeira-ministra de ter levado, com a sua ambição, ao colapso da coligação.
Iushchenko ordenou, através do Conselho Nacional de Segurança que ele preside, qie o Governo financiasse eleições antecipadas com cerca de 85 milhões de dólares oriundos de um fundo de reserva. Mas Timoshenko recusa-se a diligenciar os mecanismos legais para disponibilizar o dinheiro e pediu ao Presidente para cancelar as eleições.
“O fundo de reserva foi criado para responder a catástrofes naturais, não para as criar”, disse Timoshenko.
O Presidente tentou aprovar o financiamento de eleições antecipadas directamente no Parlamento. Mas os deputados fiéis à primeira-ministra acabaram por bloquear a aprovação, levando a que Iushchenko tivesse de recorrer directamente à chefe do Governo.
A convocação de eleições antecipadas entraram num impasse depois de um tribunal ter considerado nulo o decreto presidencial a dissolver o parlamento, com base num pedido de suspensão avançado por um grupo de aliados da primeira-ministra.
A separação entre os dois acentuou-se quando o Presidente Iushchenko se coligou com o ex-primeiro-ministro Viktor Ianukovich para impedir que uma série de projectos de lei que limitavam o poder do Presidente fossem aprovados.