Spanair: Advogados de três famílias envolvidas no acidente apresentam acção contra a Boeing

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Morreram 154 pessoas no acidente da Spanair Juan Medina/Reuters

A decisão foi anunciada numa conferência de imprensa pelo fundador da firma de advogados, Manuel von Ribbeck, também especialista em engenharia, que lembrou que a primeira acção do género interposta nos EUA foi precisamente contra a McDonnell Douglas, a fabricante de aviões que sofreu uma fusão com a Boeing em 1997, e responsável pelo fabrico inicial do modelo MD-80. A razão desse processo prendia-se também com falhas eléctricas e de comando manual neste modelo, falhas essas detectadas em 15 aparelhos.

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A decisão foi anunciada numa conferência de imprensa pelo fundador da firma de advogados, Manuel von Ribbeck, também especialista em engenharia, que lembrou que a primeira acção do género interposta nos EUA foi precisamente contra a McDonnell Douglas, a fabricante de aviões que sofreu uma fusão com a Boeing em 1997, e responsável pelo fabrico inicial do modelo MD-80. A razão desse processo prendia-se também com falhas eléctricas e de comando manual neste modelo, falhas essas detectadas em 15 aparelhos.

O que queremos é que a Boeing, actual responsável pelo aparelho, nos diga quem fazia a manutenção do aparelho, quem lhes comprou o avião, em que mãos já andou antes de chegar à Spanair, que alterações foram efectuadas desde então e quem foi responsável pelo fabrico das peças que desde então foram colocadas no avião. A partir daí é provável que aumente o número de entidades envolvidas no processo”, disse Ribbeck.

O especialista e advogado afirmou ainda que as inspecções feitas aos MD-80 no âmbito do primeiro processo norte-americano não foram feitas em aparelhos fora dos EUA. Chegaram a ser inspeccionados oito mil aparelhos do modelo MD-80 nos EUA.

Os advogados pedem que o juiz responsável pelo caso ordene o levantamento de todos os donos do aparelho desde 1999, bem como a identidade de todas as companhias de manutenção que inspeccionaram o avião desde que ele é propriedade da Spanair e SAS.

Querem ainda saber o nome das companhias responsáveis pelo fabrico de inversores do sistema de propulsão, dos elerons, dos sistemas de controlo dos elevadores, entre outros sistemas, para tentar confirmar a tese de defeito de design e fabrico que defendem.

Nos últimos onze meses despenharam-se três aviões MD-80, o primeiro na Tailândia, a 16 de Setembro do ano passado, o segundo na Turquia a 30 de Novembro também de 2007 e o terceiro foi o de Madrid.

O processo está ainda na fase de apresentação de provas e corre só nos EUA. A acção penal em Espanha seguirá depois.

Os mesmos advogados reúnem hoje com mais trinta famílias que também já mostraram vontade de serem representadas pela mesma firma.

Hoje o jornal “Wall Street Journal” adiantava que o problema que levou ao acidente em Barajas a 20 de Agosto não foi provocado por um motor mas devido a uma falha eléctrica que fez com que os “flaps” - superfícies articuladas nas asas de um avião usadas durante a aterragem ou descolagem – não funcionaram quando o avião descolava.