Exploração de óleo de palma ameaça sobrevivência de oito mil orangotangos do Bornéu

A rejeição de uma moratória proposta pela organização internacional Greenpeace significa que não existe nenhum mecanismo eficaz para proteger os grandes símios que vivem em estado selvagem nas florestas equatoriais do Bornéu, declarou Novi Hardianto, do Centro para a Protecção dos Orangotangos (COP).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A rejeição de uma moratória proposta pela organização internacional Greenpeace significa que não existe nenhum mecanismo eficaz para proteger os grandes símios que vivem em estado selvagem nas florestas equatoriais do Bornéu, declarou Novi Hardianto, do Centro para a Protecção dos Orangotangos (COP).

Activistas desta associação observaram, recentemente, que duas grandes empresas de óleo de palma continuam a expandir-se, através da desflorestação. Estas companhias consideram que a moratória da Greenpeace não é necessária devido ao compromisso que assumiram há alguns anos de promover um desenvolvimento sustentável das suas plantações.

Mas, para Hardianto, “se isto continuar a este ritmo, vamos assistir ao desaparecimento dos orangotangos neste ambiente no espaço de três anos”.

O COP estima que existam cerca de 20 mil orangotangos a viver em liberdade na província de Kalimantan e que por ano morram três mil destes primatas.

Uma das empresas visadas, a Agro Group, desmentiu hoje as acusações do COP, afirmando que ainda está a avaliar que zonas vai proteger nos terrenos que comprou recentemente.

A Indonésia é o principal produtor mundial de óleo de palma.