Wall.E

É um filme surpreendente, de facto, nem tanto pela sua parábola político-social "distópica", que éinesperadamente séria mas também é onde o filme se empastela um pouco, mas sobretudo pela sua procura de uma espécie de lirismo para a idade digital: fruição da tecnologia contemporânea e ao mesmo tempo sua crítica (um mundo novo, sim, onde o admirável e o abominável são duas faces da mesma moeda), e uma melancólica nostalgia "analógica" (Wall E é umrobot do futuro fascinado por musicais do passado, e o genérico final insere a personagem na históriada pintura, dos egípcios a Van Gogh).

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É um filme surpreendente, de facto, nem tanto pela sua parábola político-social "distópica", que éinesperadamente séria mas também é onde o filme se empastela um pouco, mas sobretudo pela sua procura de uma espécie de lirismo para a idade digital: fruição da tecnologia contemporânea e ao mesmo tempo sua crítica (um mundo novo, sim, onde o admirável e o abominável são duas faces da mesma moeda), e uma melancólica nostalgia "analógica" (Wall E é umrobot do futuro fascinado por musicais do passado, e o genérico final insere a personagem na históriada pintura, dos egípcios a Van Gogh).

Como "discurso" sobre o digital, parece-nos muito mais interessante do que o fascínio pasmado dos irmãos Wachowski. E depois, nos primeiros três quartos de hora, quase sem palavras, "Wall E" é um "Fantasia" futurista e electrónico - música e ruídos, e música do ruído, num bricabraque sonoro absolutamente notável.