ExperimentaDesign: Álvaro Siza, Rem Koolhaas e Peter Zumthor em conferências únicas em Amesterdão e Lisboa
Um terceiro momento será a 5ª ExperimentaDesign, em Lisboa, entre 16 de Setembro a 9 de Novembro de 2009, no ano em que cumpre o seu décimo aniversário. O tema: It’s About Time. "O regresso da ExperimentaDesign a Lisboa, depois de uma paragem, é muito simbólico e vai sublinhar aquilo que vimos a fazer em dez anos de existência: funcionar como plataforma para antecipar e lançar ideias", observou a Guta Moura Guedes, presidente da Experimenta.
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Um terceiro momento será a 5ª ExperimentaDesign, em Lisboa, entre 16 de Setembro a 9 de Novembro de 2009, no ano em que cumpre o seu décimo aniversário. O tema: It’s About Time. "O regresso da ExperimentaDesign a Lisboa, depois de uma paragem, é muito simbólico e vai sublinhar aquilo que vimos a fazer em dez anos de existência: funcionar como plataforma para antecipar e lançar ideias", observou a Guta Moura Guedes, presidente da Experimenta.
Mas já neste mês de Setembro, a Experimenta quer começar a aquecer as consciências com um Warm-Up para a edição de 2009, logo com “uma das mais importantes exposições que Lisboa, e a plataforma ibérica, vão ter no próximo ano”, avisa a presidente da Experimenta, que hoje apresentou também o programa para a edição de Amesterdão da bienal (de 18 de Setembro e 2 de Novembro), que passa a realizar-se em anos alternados em Lisboa e Amesterdão, apoiada na Holanda na ExperimentaDesign Foundation.
No Warm Up, a exposição Edifícios e Projectos 1986-2007 de Peter Zumthor (até 2 de Novembro) vai ocupar mais de 3000m2 com 29 projectos, desenhos, esquissos e maquetas do autor do edifício do centro de exposição de arte contemporânea austríaco Kunsthaus Bregenz. A mostra, em conjunto com uma reunião do think-tank da Experimenta, que vai discutir os projectos da edição de 2009, serve de elo de ligação com o tema "It’s About Time" - tempo, velocidade, aceleração, fragmentação e seus impactos na sociedade contemporânea.
“É um recomeço, não do mesmo sítio, mas de outro sítio”, não só porque o destino seguinte é Amesterdão, mas também porque a bienal tenta “constantemente inovar e antecipar as questões a lançar”, descreve Moura Guedes.
Na Holanda, graças ao convite da Câmara de Amesterdão e do Estado, a ExperimentaDesign explora este ano as temáticas Space and Place. E dia 21 de Setembro, “dois dos maiores arquitectos do mundo e, simbolicamente, um holandês e um português”, Rem Koolhaas e Álvaro Siza vão falar numa mesma conferência (a quarta do braço holandês da Experimenta) com tema livre. A junção da “dupla de luxo” é “fruto de uma grande luta”, sorriu Guta Moura Guedes.
A bienal toca “pela primeira vez um tema muito ligado às cidades”, comentou a presidente da Experimenta. Space and Place é um conteúdo herdado do projecto Urban Play, comissariado por Scott Burnham, que a ExperimentaDesign desenvolvia com a holandesa Droog Design para a edição abortada de 2007.
Guerrilha urbana, graffitti 3D, intervenções e interacções vão encher Amesterdão de perguntas. “De que forma é que as pessoas se apropriam do espaço público e o subvertem?”, lança Guta Moura Guedes. Por exemplo, uma instalação vai colar 15 mil euros em moedas de um cêntimo ao chão, com câmaras a filmar a reacção – e possível colecção – dos transeuntes.
Além de Urban Play, em Come To My Place (a partir de 19 de Setembro) oito designers de oito cidades receberam oito células vazias de um espaço de exposições e um desafio: transformar aqueles espaços num sítio, numa paisagem composta pela sua paisagem industrial natal (leia-se interruptores, puxadores, tomadas) e por peças compradas naquela cidade, criando um diálogo entre a cultura do design global e a produção local.
Por fim, Playscapes, uma exposição em três partes sobre os jardins infantis e espaços lúdicos nas cidades, relacionados com os jogos urbanos digitais, paisagens on-line e intervenções em espaços abandonados de Amesterdão. Em Amesterdão, haverá ainda conversas abertas e eventos paralelos, à semelhança do que aconteceu nas edições lisboetas, apesar da dimensão da bienal ser “menor”, muito pelos nove meses disponíveis para a sua concretização e também por questões orçamentais - o orçamento para esta edição é de 2,1 milhões de euros, disse Guta Moura Guedes.
A ExperimentaDesign 2009 conta com um apoio de 250 mil euros da EDP e, graças ao protocolo tripartido que vigora até 2013 com os Ministério da Cultura e Economia e Câmara de Lisboa, tem garantido apoio de 200 mil euros por edição da Cultura. Para as seis edições protocoladas, a Economia entra com 750 mil euros e a CML participa com 1,5 milhões de euros. Hoje foi também assinado um protocolo de colaboração genérico entre a ExperimentaDesign e a Ordem dos Arquitectos.