Bolachas portuguesas da Vieira de Castro na "lista negra" dos alimentos na China
As bolachas Príncipe, produzidas pela Vieira de Castro - Produtos Alimentares SA., aparecem na listagem da ACSQIQ entre os produtos que não cumprem os critérios de qualidade necessários para serem exportados para a China. A agência governamental chinesa detectou na sua última inspecção a presença de coliformes nas bolachas Príncipe.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As bolachas Príncipe, produzidas pela Vieira de Castro - Produtos Alimentares SA., aparecem na listagem da ACSQIQ entre os produtos que não cumprem os critérios de qualidade necessários para serem exportados para a China. A agência governamental chinesa detectou na sua última inspecção a presença de coliformes nas bolachas Príncipe.
"A presença na lista não significa que os produtos estão proibidos de entrar na China. Trata-se apenas de um aviso que mostra que, na última inspecção realizada, o produto não cumpria todas as normas de qualidade necessárias", explicou à agência Lusa em Pequim um funcionário da ACSQIQ que não se identificou.
O documento com o nome e país de proveniência dos produtos que, segundo a ACSQIQ, não cumprem os parâmetros chineses de qualidade, é publicado de três em três meses na página de internet do órgão supervisor com o título: "Informação de alimentos e cosméticos não qualificados".
A China comprometeu-se a implementar medidas mais rigorosas no que diz respeito ao mercado dos bens alimentares para garantir a segurança dos produtos sobretudo durante os JO que decorrem entre 8 e 24 de Agosto em Pequim.
Contactada pela agência Lusa, a Vieira de Castro não comentou a inclusão na lista das autoridades chinesas, que inclui também o óleo de soja brasileiro e o camarão gelado de Moçambique.
A empresa portuguesa iniciou em 2001 as primeiras exportações para o mercado chinês, apostando, disse , na "forte aceitação dos produtos Vieira de Castro em mercados asiáticos com elevados padrões de qualidade e segurança alimentar".
Segundo a ACSQIQ, o fabricante e o importador para a China têm agora de chegar a acordo para definir como melhorar o produto, para que este possa cumprir os critérios de qualidade na próxima inspecção e ser eliminado da lista.
O funcionário da ACSQIQ afirmou à Lusa que o facto de estar na lista "não vai influenciar a actividade da empresa na China nem o seu potencial de negócio".
A secção comercial da embaixada de Portugal em Pequim não recebeu qualquer notificação da ACSQIQ, disse fonte da embaixada à Lusa.
O órgão supervisor chinês referiu que os produtos não serão retirados do mercado, mas 1,8 toneladas de salmão congelado transportado da Noruega pela Metro Jinjiang Cash e Carry foram destruídas esta semana, informou a agência noticiosa chinesa Nova China.
Segundo a mesma fonte, o salmão continha a bactéria vibrio parahemolyticus, que pode provocar vómitos, dores de estômago, desidratação e diminuição da pressão sanguínea.
O porta-voz da empresa norueguesa na China afirmou que vão investigar a causa da contaminação, referiu a Nova China.