Esclerose múltipla aumenta risco de depressão e suicídio

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A molécula de Triptofano tem servido de base a novos tratamentos para a doença DR

Aos 30 anos é a altura em que a mulher tem maiores perspectivas de carreira, casamento e maternidade, pelo que é uma altura especialmente traumática para ser feito o diagnóstico. “Os sintomas são muito diversos e podem afectar a visão, mobilidade, fala, entre outras funções, por isso é muito importante o acompanhamento psicológico do doente e familiares para evitar situações extremas”, explicou o responsável da Unidade de Esclerose Múltipla do Hospital Fernando da Fonseca, Ricardo Ginestal, durante um debate intitulado “A Mulher e a Esclerose Múltipla”.

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Aos 30 anos é a altura em que a mulher tem maiores perspectivas de carreira, casamento e maternidade, pelo que é uma altura especialmente traumática para ser feito o diagnóstico. “Os sintomas são muito diversos e podem afectar a visão, mobilidade, fala, entre outras funções, por isso é muito importante o acompanhamento psicológico do doente e familiares para evitar situações extremas”, explicou o responsável da Unidade de Esclerose Múltipla do Hospital Fernando da Fonseca, Ricardo Ginestal, durante um debate intitulado “A Mulher e a Esclerose Múltipla”.

Contudo, as causas da doença ainda não estão identificadas, pelo que não existem actualmente terapêuticas curativas. A principal dificuldade consiste no facto da esclerose múltipla afectar várias funções do corpo humanos e de diferentes formas, pelo que não se conseguiram ainda desenvolver tratamentos adequados a cada caso. No entanto, o acompanhamento psicológico, aliado a uma alimentação saudável e à prática de exercício físico, são fundamentais para garantir o equilíbrio do paciente.

Ainda assim, Portugal é um dos países que está na vanguarda da investigação no que diz respeito a moléculas inovadores para futuros tratamentos orais, menos dolorosos mas eficazes.

O que é a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras, de acordo com informação disponibilizada pelo site da Associação Nacional de Esclerose Múltipla.


Denomina-se “esclerose” pelo facto de, em resultado da doença, se formar um tecido parecido com uma cicatriz que endurece e forma uma placa em algumas áreas do cérebro e medula espinal e “múltipla” porque várias áreas dispersas do cérebro e medula espinal são afectadas.

A palavra desmielinizante significa que são provocadas lesões nas bainhas de mielina que envolvem as fibras nervosas, que são afectadas de forma progressiva, por vezes irreversível.