Instituto de Medicina Legal vai ter guia de procedimentos para crianças vítimas de abusos sexuais

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É importante saber que amostra recolher para garantir uma boa análise Adriano Miranda

Este guia, que será obrigatoriamente seguido nos serviços de medicina legal, poderá também servir de modelo aos hospitais e outros serviços de saúde que se deparem com situações de abuso sexual de crianças.

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Este guia, que será obrigatoriamente seguido nos serviços de medicina legal, poderá também servir de modelo aos hospitais e outros serviços de saúde que se deparem com situações de abuso sexual de crianças.

Segundo o director da delegação Sul do Instituto de Medicina Legal, em Lisboa, Jorge Costa Santos, é necessário um denominador comum que permita que os procedimentos sejam respeitados e sejam sinalizados no relatório desde o momento em que a criança é admitida nas urgências.

É importante saber que amostra colher, que cuidados a ter com a amostra, como rotulá-la e acondicioná-la e como garantir a cadeia de custódia até ao laboratório, disse.

"De uma maneira geral mantemos contacto com estes serviços mas é desejável que isto tenha uma dimensão institucional a dar conta da nossa experiência", explicou.

O objectivo, adiantou, é tentar uniformizar procedimentos tendo em conta a experiência do Instituto de Medicina Legal nesta área.

Este processo está em fase adiantada e é previsível que esses procedimentos estejam já redefinidos no final deste mês para serem aplicados de norte a sul em todos os gabinetes de medicina legal, incluindo regiões autónomas.

Relativamente aos hospitais, explicou, o instituto dará conhecimento da existência do guia através do Ministério da Saúde. Caso o entendam poderão aplicá-lo.

Os procedimentos previstos no guia, explicou, irão contemplar também os diferentes recursos existentes nas delegações do IML ou nas urgências hospitalares.