Televisões espanholas emitem um acto violento em cada três minutos

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Espectadores consideram que a violência transmitida nos noticiários é a mais grave Fernando Veludo/PÚBLICO (arquivo)

O estudo, hoje conhecido, baseia-se na análise e comparação de 133 horas de emissão de estações nacionais e regionais de televisão em Espanha durante os anos de 2000, 2005 e 2007 e as reacções de 19 grupos de telespectadores.

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O estudo, hoje conhecido, baseia-se na análise e comparação de 133 horas de emissão de estações nacionais e regionais de televisão em Espanha durante os anos de 2000, 2005 e 2007 e as reacções de 19 grupos de telespectadores.

A análise contabilizou no período analisado 3.156 actos violentos, detectando um aumento significativo face a 2000.

Segundo o estudo, a violência na televisão está "fortemente masculinizada", já que 75 por cento dos agressores são homens e quase 70 por cento das vítimas são mulheres.

Em termos horários, a maior quantidade de violência ocorre a partir das oito da noite, ainda que no ano passado se tenham mostrado mais frequente entre as 14:00 e as 20:00.

Seis em cada 10 actos de violência correspondem a danos físicos, três são de tipo social - insultos, retenção de pessoas e violência simbólica - e um é contra a propriedade.

Cerca de 76 por cento dos casos de agressão tem efeitos positivos para o autor ou ficam marcados por ausências de castigos.

Os noticiários emitem 21,3 por cento da violência vista na televisão; o cinema 19,3 por cento; os anúncios de programação própria 12,5 por cento; as séries 12,2 por cento e a publicidade 9,5 por cento.

Segundo o estudo, os espectadores distinguem claramente a violência real da de ficação, considerando que a mais grave é a que se emite nos noticiários.