Quénia: Governo e oposição acordam plano para pôr fim à violência

Foto
O secretário-geral da ONU foi ao Quénia apoiar as negociações lideradas por Annan Bernat Armangue/Reuters

De acordo com o responsável, o plano assenta em quatro pontos: colocar um fim à violência; adoptar medidas para evitar uma crise humanitária; resolver a crise política actual; e adoptar medidas para uma pacificação a longo prazo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

De acordo com o responsável, o plano assenta em quatro pontos: colocar um fim à violência; adoptar medidas para evitar uma crise humanitária; resolver a crise política actual; e adoptar medidas para uma pacificação a longo prazo.

“No prazo de sete a 15 dias creio que seremos capazes de cumprir os três primeiros pontos da agenda”, afirmou Annan, no final de um encontro com representantes do Presidente queniano, Mwai Kibaki, e do líder da oposição, Raila Odinga.

“O mais urgente é adoptar uma acção imediata para pôr fim à violência”, sublinhou o mediador, lembrando graves incidentes registados nos últimos dias, em especial no Oeste do país, zona onde a rivalidade política assumiu rapidamente contornos étnicos.

O Quénia, país africano reputado pela sua estabilidade até ao final do ano passado, está a viver uma grave crise política desde a reeleição contestada do Presidente Kibaki, no passado dia 27 de Dezembro. O candidato derrotado, Odinga, acusa Kibaki de fraude eleitoral e de ter forjado a sua vitória. Esta crise já provocou perto de um milhar de mortos e mais de 250 mil deslocados.

Annan, que se encontra desde a semana passada em Nairobi para mediar a crise entre Governo e oposição, recebeu hoje o apoio expresso do actual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que foi ao Quénia apelar ao fim da violência, depois de nos últimos dias dois deputados da oposição terem sido mortos em Nairobi.