Prémio EDP Novos Artistas para André Romão
Não era uma notícia com que o vencedor contasse: "Tinha estado com os meus amigos a fazer apostas no Gustavo Sumpta. Acho que ninguém apostou em mim. Sou o artista mais novo da história do prémio, e provavelmente aquele que tem menos experiência", disse ao PÚBLICO. O júri não teve isso em conta: "deliberou conceder o Prémio EDP Novos Artistas 2007 a André Romão (...) pelo equilíbrio entre o aspecto formal e narrativo do trabalho apresentado e pela capacidade de enfrentar e utilizar o espaço de um modo franco e generoso, abrindo-se ao espectador e aceitando e provocando a sua relação com a obra", divulgou a Fundação EDP em comunicado.
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Não era uma notícia com que o vencedor contasse: "Tinha estado com os meus amigos a fazer apostas no Gustavo Sumpta. Acho que ninguém apostou em mim. Sou o artista mais novo da história do prémio, e provavelmente aquele que tem menos experiência", disse ao PÚBLICO. O júri não teve isso em conta: "deliberou conceder o Prémio EDP Novos Artistas 2007 a André Romão (...) pelo equilíbrio entre o aspecto formal e narrativo do trabalho apresentado e pela capacidade de enfrentar e utilizar o espaço de um modo franco e generoso, abrindo-se ao espectador e aceitando e provocando a sua relação com a obra", divulgou a Fundação EDP em comunicado.
André Romão foi um dos nove artistas (ou colectivos de artistas, no caso das quatro Pizz Buin) seleccionados, a partir de 400 portfolios, para a oitava edição do prémio, que a Fundação EDP atribui desde 2000 e que já distinguiu Joana Vasconcelos, Leonor Antunes, Vasco Araújo, Carlos Bunga, João Maria Gusmão e Pedro Paiva e João Leonardo. Campo de" Fiori, o trabalho em duas partes que apresentou a concurso (e que pode ser visto até dia 20, juntamente com as obras de André Cepeda, André Sousa, Daniel Melim, Fernando Mesquita, Gustavo Sumpta, Mafalda Santos, Mónica Gomes e das Pizz Buin, na Central Eléctrica do Freixo, Porto) é uma peça em duas partes que, sublinha o artista, dificilmente passaria do papel sem o prémio: "É um projecto de grandes dimensões, que eu não podia fazer em qualquer espaço, e que exigia condições financeiras e de produção que só um contexto como este podia proporcionar. Campo de" Fiori (Parte I: O Edifício Iluminado) é a parte mais física, mais experienciável, do projecto. Campo de" Fiori (Parte II: Monumento à Unificação) é a documentação de uma performance do Francisco Camacho, realizada à porta fechada".
Licenciado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, André Romão frequentou os cursos de Pintura da Accademia di Belle Arte di Brera, Milão, e da Ar.co, em Lisboa, e pretende agora investir os dez mil euros em formação: "O valor do prémio é para usar num mestrado ou num projecto artístico a discutir com a Fundação EDP. Talvez me incline para o mestrado".