Metro: Empresa nega falta de vistorias criticada por bombeiros
A abertura do prolongamento do Metro até ao Terreiro do Paço e Santa Apolónia, a realizar quarta-feira, foi criticada pelo presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, que, em declarações ao Diário de Notícias, disse que a obra não tinha sido objecto de "testes de segurança como deve ser".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A abertura do prolongamento do Metro até ao Terreiro do Paço e Santa Apolónia, a realizar quarta-feira, foi criticada pelo presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, que, em declarações ao Diário de Notícias, disse que a obra não tinha sido objecto de "testes de segurança como deve ser".
Para Fernando Curto, "falta fazer testes de segurança como deve ser, envolvendo todos os meios de socorro para se verificar como se devem articular e funcionar uns com os outros em caso de emergência".
Segundo o presidente do Metropolitano, Joaquim Reis, o prolongamento da linha Azul do Metro foi alvo de todas as vistorias legalmente exigíveis, realizadas pelo Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa, que é a entidade consignada na lei.
De acordo com Joaquim Reis, o Metro sofreu vistorias técnicas nas colunas a seco, no sistema de incêndio, nos postos de ventilação, no sistema de deslocamento do túnel, "que é o mais moderno em Portugal", e nas saídas de emergência.
"A última vistoria foi realizada quinta-feira passada e não foi levantada nenhuma inconformidade", disse o responsável, sublinhando haver "algum dolo" nas acusações de Fernando Curto que, por sistema, "na véspera de inaugurações de obras importantes como a Ponte Vasco da Gama ou o Túnel do Marquês vem dizer que as obras não foram alvo das vistorias legais".
"É um pouco irritante que estas pessoas só apareçam a invocar demagogicamente faltas de segurança na véspera das inaugurações", frisou.
Joaquim Reis acrescentou que o túnel do Terreiro do Paço "é seguramente o mais seguro do país", contando com 670 estacas de protecção contra um eventual sismo.
"Não é lícito que apontem qualquer falha de segurança quando ela não existe", acrescentou.
Joaquim Reis frisou ainda que a lei não obriga à realização de qualquer simulacro, sublinhando porém que o Metro provavelmente irá realizar um teste deste tipo dentro de "cinco ou seis meses" já com utilizadores, à semelhança do que tem sido feito noutras estações.
Segundo Joaquim Reis, a lei obriga a vistorias aos pontos de saída, sistema de incêndios e ventilação, postos de bombagem e sistema de redundância.
O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) validou todas as soluções do Metro, tal como uma empresa holandesa muito conceituada - a TEC - além dos pareceres positivos do tratamento dos terrenos anti-sísmicos terem obtido parecer positivo dos engenheiros António Mineiro, Maranha das Neves e Matos Fernandes, três técnicos conceituados.