Greenpeace denuncia a Rússia como o “assassino número três do clima”
Em sinal de protesto, activistas da delegação russa da Greenpeace fixaram uma faixa onde se lia “A Rússia é o assassino número três do clima” numa ponte sobre o rio Moskova, perto do Kremlin.
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Em sinal de protesto, activistas da delegação russa da Greenpeace fixaram uma faixa onde se lia “A Rússia é o assassino número três do clima” numa ponte sobre o rio Moskova, perto do Kremlin.
“O Governo russo pondera novas centrais térmicas a carvão (...), esquecendo as suas obrigações sobre a redução das emissões de CO2”, denuncia a organização, em comunicado.
“Ao emitir anualmente 1,52 mil milhões de toneladas de CO2, segundo dados da ONU, a Rússia tem apenas à sua frente a China (com cinco mil milhões de toneladas de CO2) e os Estados Unidos (seis mil milhões de toneladas)”, salienta o comunicado.
Enquanto uma “maioria dos cientistas reconhece que o clima no planeta está a mudar por causa das emissões de gases com efeito de estufa”, a Rússia “espera retirar benefícios das alterações climáticas”, diz a Greenpeace.
No entanto, “o prejuízo causado à economia russa pelas catástrofes ligadas ao sobre-aquecimento global representa 1,7 mil milhões de euros por ano, ou seja, mais de três por cento do PIB (produto interno bruto) da Rússia”, salienta a organização.
A Rússia, que ratificou o Protocolo de Quioto em 2004, arrisca-se a “não cumprir as suas obrigações se forem realizados os planos do Governo russo para a construção de novas centrais alimentadas a carvão”.