Concentração de carbono na atmosfera atingiu no ano passado nível máximo de sempre

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Desde o final do século XVIII, as concentrações de CO2 na atmosfera aumentaram 36 por cento Carlos Lopes/PÚBLICO

Segundo o Boletim sobre Emissões de Gases com Efeito de Estufa relativo a 2006, a concentração de CO2 passou das 379,2 ppm em 2005 para as 381,2 pmm no ano passado, registando um aumento de 0,53 por cento.

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Segundo o Boletim sobre Emissões de Gases com Efeito de Estufa relativo a 2006, a concentração de CO2 passou das 379,2 ppm em 2005 para as 381,2 pmm no ano passado, registando um aumento de 0,53 por cento.

Esta informação é baseada em observações da rede global de monitorização de CO2 e de CH4 (metano), da OMM, rede reconhecida pela Convenção Quadro da ONU para as Alterações Climáticas.

Depois do vapor de água, o CO2, o CH4 e o óxido nitroso (N2O) são os gases com efeito de estufa em maior quantidade na atmosfera terrestre.

As concentrações de óxido nitroso (N2O) também registaram recordes máximos em 2006. Das 319,3 ppm passaram para as 320,1 ppm, ou seja, com um aumento de 0,25 por cento. O metano permaneceu quase inalterado nas 1782 ppm.

Desde o final do século XVIII, as concentrações de CO2 na atmosfera aumentaram 36 por cento. Esse crescimento foi “em grande parte gerado pelas emissões da queima de combustíveis fósseis”, explica a OMM.

Cerca de um terço do óxido nitroso emitido é resultado “de actividades humanas como a queima de combustível e de biomassa, utilização de fertilizantes e alguns processos industriais”, revela a organização.

A plantação de arroz, queima de biomassa, aterros e criação de animais ruminantes é responsável por cerca de 60 por cento do metano atmosférico. Os restantes 40 por cento resultam de processos naturais, nomeadamente nas zonas húmidas e através das térmitas.