Identificado gene que liga a amamentação a um QI mais elevado
A equipa, que publicou os seus resultados na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", analisou estudos já previamente elaborados com bebés que eram amamentados e que incluiam três mil crianças britânicas e neozelandesas.
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A equipa, que publicou os seus resultados na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", analisou estudos já previamente elaborados com bebés que eram amamentados e que incluiam três mil crianças britânicas e neozelandesas.
Nos estudos, o QI tinha sido emdido em várias situações entre os cinco e os 13 anos. E o que já se tinha verificado é que as crianças que tinham sido amamentadas tinham um QI mais elevado. Só não se sabia a razão.
Avançaram-se, desde então, várias hipóteses, sobre se as mulheres mais informadas e com escolaridade mais elevada, amamentavam mais visto conhecerem melhor os benefícios do leite materno. A tese aumentava a polémica em torno da velha questão entre o meio social ou o meio natural na evolução das capacidades do indivíduo.
Mas agora, a equipa do Kings College avança com um novo elo de ligação entre a amamentação e o QI. E neste argumento sobressai a genética do indivíduo.
O segredo está nos genes, ou melhor, no gene. E num gene presente em 90 por cento das pessoas. O FADS2, o gene em questão, ajuda a partir os ácidos gordos, como os do leite materno, que já se sabe que estão envolvidos no desenvolvimento neurológico.